Quinta, 16 Mai 2024

Mais da metade dos domicílios capixabas tem pelo menos um veículo na garagem

Mais da metade dos domicílios capixabas tem pelo menos um veículo na garagem
Mais de 54,6% dos domicílios capixabas possuem pelo menos um automóvel ou motocicleta na garagem. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) 2012 sobre os deslocamentos casa-trabalho, assim como sobre a posse de veículos automotores e o acesso à política de auxílio-transporte, foram apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira (24).
 
De acordo com a pesquisa, o motorista gasta em média 40,8 minutos para chegar ao trabalho nas regiões metropolitanas brasileiras — a média nacional, no geral, é de 30 minutos.
 
“Entre 2008 e 2012, a proporção de domicílios com algum tipo de veículo particular saltou em média oito pontos percentuais. Atualmente 54% dos lares brasileiros têm um carro e/ou moto. O resultado é o maior número de veículos nas ruas”, afirma o comunicado divulgado pelo Ipea. 
 
No Espírito Santo, o salto comparativo entre 2008 e 2012 foi de 11 pontos. A posse de veículos particulares no Estado chega a 54,6%. Ainda bem menor que outros estados: Paraná 67,7%; Mato Grosso 67,9%; Santa Catarina 74,3%. A menor posse de veículo privado é no Amazonas: 33,8%. 
 
 
De acordo com a pesquisa, a tendência é que o número de veículos automotores por domicílio aumente mesmo diante dos esforços para garantir a mobilidade urbana por meio do transporte coletivo e alternativos como a bicicleta. 
 
“Apenas 11% das pessoas extremante pobres recebem vale-transporte. As classes baixas têm os maiores percentuais de informalidade no trabalho, de forma que a política do vale-transporte não atinge justamente quem mais precisa”, ressalta o estudo.
 
A farta oferta para compra de veículos, inclusive entre os segmentos de menor renda, são indicadores de que as vendas devem se manter em ascensão. A equação aquece a economia, gera mais emprego e renda, mas por outro lado causa uma dor de cabeça danada para os gestores púbicos, que precisam fazer investimentos cada vez mais pesados para amenizar os problemas de infraestrutura e mobilidade nas grandes cidades nos próximas décadas. 
 
Outra constatação do estudo do Ipea foi a ineficácia das políticas de auxílio-transporte para as camadas mais pobres. De acordo com a PNAD, apenas 11% das pessoas extremante pobres recebem vale-transporte. “As classes baixas têm os maiores percentuais de informalidade no trabalho, de forma que a política do vale-transporte não atinge justamente quem mais precisa”, ressalta o texto.
 
Para o Ipea, “o padrão de mobilidade urbana no Brasil vem se alterando nos últimos anos com o aumento acelerado da taxa de motorização da população, o que significa mais acidentes de trânsito, maior poluição veicular e perda de tempo em função dos congestionamentos nos centros urbanos”.
 

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