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Pastor Adahyr Cruz, militante dos Direitos Humanos, morre de Covid-19

O pastor deixou sua marca em diversos movimentos sociais capixabas

Redes Sociais

Os movimentos sociais capixabas se despedem neste sábado (13) do pastor da Igreja Metodista Adahyr Cruz, militante dos Direitos Humanos. Ele faleceu vítima de Covid-19 no Rio Grande do Sul, onde estava morando. O pastor chegou a ficar em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Porto Alegre, aguardando uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que demorou a conseguir, pois a rede assistencial gaúcha está em colapso tanto nos hospitais públicos quanto nos privados.

Sua neta, Paloma Ostergren Cruz Oliveira, chegou a organizar uma vakinha virtual na tentativa de arrecadar dinheiro para transferi-lo de avião para o Espírito Santo com os cuidados necessários para um paciente com Covid-19. O ex-deputado estadual Claudio Vereza recorda que Pastor Adahyr foi presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Espírito Santo (Conic), membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos e um dos fundadores do Fórum Reage Espírito Santo, composto por diversas entidades que se uniram no combate ao crime organizado.

“Eram momentos tristes em que o crime organizado dominava o Estado. Pastor Adahyr atuava em todas as áreas. Trabalhava pelo respeito à diversidade religiosa, era atuante no Movimento Fé e Política e no Centro de Estudos Bíblicos, o Cebi”, diz. A integrante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (CDDH) Marta Falqueto classifica Pastor Adahyr como “um ser de luta, incansável, sempre atento, sempre alerta, confiante na organização do povo, na democracia, na participação da população, no movimento popular, na conquista por direitos”.
Marta destaca, ainda, a atuação do pastor na luta contra a corrupção e contra o extermínio da juventude negra. “Sempre nos alimentava na esperança e pedia para que a gente não desistisse. Era destemido e não tinha medo de enfrentar os tubarões, não media esforços para denunciar quem violasse os direitos humanos”, afirma.
Em suas redes sociais, o Vicariato para Ação Social Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória afirmou que “com maestria, o pastor metodista exerceu atividades pastorais nos municípios de Vila Velha, Serra e Vitória, com ênfase para o ecumenismo, a educação, o serviço social, união popular e a pastoral indigenista”, sendo marcas de seu ministério “o carinho e a dedicação dispensados às pessoas mais vulneráveis socialmente”.
Ainda não há detalhes sobre o sepultamento


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https://www.seculodiario.com.br/politica/partiu-lula-rocha-lutador-imprescindivel

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