A arte do convívio
Há duas semanas, a coluna falou sobre a necessidade de se garantir a proporcionalidade das chapas na direção sindical. Lembramos também que o fato de as forças concorrentes terem garantida a participação na direção, nem sempre, para não dizer quase nunca, permite a democracia interna, já que, via de regra, a corrente majoritária "passa o rodo".
Por isso, a coluna defende a ideia de colegiado na gestão sindical, mas o colegiado por si só também tem seus vícios. Neste caso, entra em cena a figura fundamental de um coordenador que atue na mediação dos conflitos causados pelas divergências e que cobre as efetivação das propostas de todos.
Esse coordenador poderia ser eleito dentro do colegiado e que preferencialmente não tenha a caneta. Poderia ter um mandato curto, que garantisse a rotatividade dessa coordenação e permitisse a participação mais ampla. Mas o leitor pode estar pensando: “então, para quê eleger um presidente, se haverá a figura do coordenador?”
A ideia é essa tirar essa caneta da mão do presidente, permitindo que a as decisões do sindicato não fiquem refém dos interesses pessoais de um integrante da diretoria. A rotatividade permitiria a representação de todas as chapas, uma vez que ele não teria o poder de decisão, mas de cobrança e acompanhamento do colegiado.
Como o movimento sindical surgiu dentro de um processo de busca de liberdade e afirmação da democracia, nada mais contraditório do que o sistema de poder que hoje impera nas entidades. Os estatutos são iguais e reforçam a pratica de presidencialismo antidemocrático e favorece a utilização do sindicato como mecanismo de proteção do capitalismo, quando não de enriquecimento próprio.
Democracia no sindicato, já!
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