O momento para as lideranças políticas que querem disputar a eleição de 2014 está ficando crítico. Quem tem mandato quer preservá-lo, quem perdeu o espaço político em 2012 quer ganhar um na disputa proporcional, e quem já está há algum tem sem mandato também vai tentar voltar na próxima eleição. Isso sem falar nos novatos.
Apesar do surgimento de mais duas legendas e a possibilidade de a terceira ser criada até o fim de semana, o espaço é pequeno. Isso porque não basta encontrar uma sigla para se filiar, fugir da infidelidade partidária e manter limpa a ficha, é preciso entrar em uma legenda que não seja nem pesada demais, nem muito esvaziada.
Por isso os presidentes de partido, principalmente dos novos, estão com um olho nas fichas de filiação e outro na calculadora. É preciso evitar as candidaturas de muito peso para não sobrecarregar a chapa e espantar os aliados. Também é preciso ouvir a rua e abraçar lideranças que não tenham pendências judiciais.
Algumas lideranças sobressaem a esses conceitos, como Edson Magalhães (DEM), que mesmo com uma ficha longa, tem prestígio político com os eleitores de Guarapari. Se conseguir liminar para disputar, é um sério concorrente a uma vaga na Asssembleia Legislativa.
Então fica a dúvida para os candidatos. Ao entrar em um partido X vou conseguir uma legenda forte para disputar, mas se Fulano e Beltrano entrarem o grupo deve fazer duas vagas. Então, com os votos que o candidato tem, ele pode conseguir uma das duas vagas ou ajudar os figurões a se elegerem e ficar a ver navios.
Por isso a situação é complicada. É preciso tomar uma decisão rápida, já que o prazo de filiações termina sábado (5) e a escolha tem de ser acertada, para não haver casamento na delegacia depois.
Fragmentos:
1 – Com a entrada de Edson Magalhães no DEM, fica a expectativa para saber em qual direção vai o ex-candidato a prefeito nas eleições passadas Carlos Von, que deve disputar com ele o eleitorado guarapariense.
2 – Aliás, em vários municípios haverá disputas polarizadas para a proporcional. A disputa vai além do processo eleitoral de 2014 e contará como queda de braço entre forças políticas locais.
3 – Nesses lugares a eleição proporcional estadual serve de exercício para a disputa pela prefeitura dois anos depois. Visa a agrupar as lideranças e marcar os espaços políticos.