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Ajuda do pai

Sempre que questionado sobre o tema, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) gosta de dizer que seu jeito de fazer política é bem diferente do que é praticado pelo pai, o presidente da Assembleia Theodorico Ferraço (DEM). Mas neste momento político,  a impressão é de que há uma sintonia entre pai e filho com um objetivo certo: a eleição ao governo do Estado em 2014. 
 
Se Ricardo Ferraço vai mesmo disputa a eleição, é uma situação que depende de muitas coisas. A primeira, conquistar o PMDB, devido às divergências internas, isso mesmo. Não há uma hegemonia do grupo do ex-governador Paulo Hartung no partido. 
 
Externamente, comenta-se nos meios políticos que a candidatura de Ferraço dependeria da entrada do senador Magno Malta (PR) no pleito. A disputa com o republicano pode não ser uma boa estratégia para Ricardo, já que os dois voltariam a se enfrentar em 2018 na disputa à reeleição ao Senado. Se o governador Renato Casagrande vencer e Magno ficar em segundo, Ricardo vai para o pleito de 2018 desgastado. 
 
Mas Ricardo não admitiu ainda sua candidatura. Os movimentos agora seriam para desgastar o governador Renato Casagrande e nesta empreitada ele vem contando com os movimentos do pai à frente da Assembleia. A ação de Ferração nos bastidores da votação o Fundo de Desenvolvimento dos Municípios teria sido para tumultuar. 
 
Já a questão do plano de Cargos e Salários – uma reivindicação justa dos servidores, diga-se de passagem – é jogado pela Mesa Diretora no colo do governador em um momento de fragilidade de Casagrande. A medida na verdade não dá aumentos exorbitantes como tentam parecer as matérias dos jornais, mas muda a modalidade de pagamentos anexando ao salário base, benefícios como tíquete alimentação, auxílio doença e vale transporte. 
 
Nada diferente do restante do serviço público, mas em questão de Assembleia a coisa tratada de outra forma. Ferraço parece saber reverter isso em desgaste para Casagrande e benefício para Ricardo. Com a ajudinha do papai ele poderá limpar o campo de 2014. Se só isso será suficiente, é que são elas.
 
Fragmentos:
 
1 – Novamente há uma tentativa de criminalização dos servidores da Assembleia Legislativa. A questão é muito diferente de salários milionários e farra de penduricalhos, como existem em outras estruturas do poder público capixaba. 
 
2 – Enquanto os moralistas de plantão pescam os lambaris, os grandes tubarões circulam livremente. Apontar pequenos vazamentos no erário é fácil, o problema é fechar os olhos para os rombos nos cofres públicos. Vergonha!
 
3 – Há sempre um fantasma pronto a ser invocado quando a coisa complica. A Era Gratz serve para tudo mesmo. Até parece que agora a Assembleia é limpinha dentro do plenário e que a sujeira está nos corredores. 

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