Depois de muito faltarem às sessões da Assembleia, por puros interesses eleitorais, os deputados atenderam ao chamado do governador Paulo Hartung (PMDB) e compareceram à Casa nesta quarta-feira (24) para mais uma rodada de “amém” às matérias do executivo. A aprovação do projeto de lei complementar que autoriza a livre nomeação na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) seguiu um enredo já conhecido. Votação em regime de urgência, relatoria do líder do governo Gildevan Fernandes (PMDB), e um placar esmagador, independentemente do absurdo da proposta. Exatamente como esta que acaba de passar, apontada como inconstitucional, e que permite o loteamento de uma área que exige competência técnica (auditores fiscais) com cargos comissionados. Não houve debate, a maioria (18) só fez o conhecido “sim, senhor”, mesmo assim rapidinho, já com um pé para fora do centro do plenário. Como “quem deve, teme”, a estratégia foi se posicionar na parte debaixo das galerias, para não serem vistos pelos auditores que lá estavam fazendo barulho contra a proposta. É que não basta o “amém”, tem que ter o circo.
Sozinhos
Os únicos que fizeram questão de aparecer, com fortes críticas ao projeto, foram os deputados Sérgio Majeski (PSDB), Euclério Sampaio (PDT) e Janete de Sá (PMN). Os três votos contrários do placar.
Alvo
Por falar em Euclério, a metralhadora dele está também nas redes sociais. Nessa terça-feira (23), o deputado publicou duas fotos. Uma do ato dos policiais civis denunciando o sucateamento do setor, com cobrança por melhores condições de trabalho, “e o governo alegando falta de caixa”. Outra…
Alvo II
…de um extrato do último dia de 2015 que, segundo ele, comprova como a gestão estadual fechou o ano: “mais de R$ 2 bilhões em caixa”. O discurso de Hartung, aponta Euclério, “demonstra engodo com os servidores e com o povo”.
Dada a largada
Com a campanha nas ruas e os candidatos querendo engolir os adversários, qualquer coisa toma uma proporção enorme e vai parar nas redes sociais. Foi o que aconteceu com as intimações da Justiça Eleitoral aos candidatos a prefeito em Vitória, Amaro Neto (SD), e em Vila Velha, Max Filho (PSDB). Nos dois casos, sobre documentação pendente do registro de candidatura. Viraram instrumentos na mão dos concorrentes.
Dada a largada II
Max, aliás, apareceu em outra guerra esta semana devido ao aluguel do Cerimonial Bells, onde realiza suas tradicionais reuniões de segunda-feira. A coligação “Vila Velha vai crescer de novo”, que está com o ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD), denunciou o deputado por utilizar recursos públicos para o pagamento de uma diária de R$ 1,4 mil do espaço. Max rebateu nas redes sociais, com o título “Mentira”…
Dada a largada III
O tucano mostrou que, no dia da tal reunião (dois de junho), não era candidato e podia utilizar a verba de gabinete para tal. Mas, quando optou por entrar na disputa, devolveu o dinheiro, como manda a lei. Tem extrato de banco, etc. e tal.
Guerra
Agora imagina até outubro próximo, o quanto a chapa vai esquentar em todo o Estado.
Devo, não nego…
De Pinheiros, extremo norte do Estado, vem a notícia de que a prefeitura virou um verdadeiro breu esta quarta. Motivo: corte de energia, por falta de pagamento. É isso mesmo, Antonio da Emater (PSB)?
Nas redes
“Nossa candidatura está crescendo, mas a maioria dos eleitores de Vitória acha que só existem duas alternativas: o ruim e o pior. Se o STF garantir tempo justo de TV e a oportunidade de participarmos dos debates, a Vitória vai ser outra!”. (Candidato a prefeito André Moreira – Psol – no Facebook).
PENSAMENTO:
“A Constituição é uma muralha de papel”. Napoleão Bonaparte