Domingo, 05 Mai 2024

Até parece

As entidades sociais que pleiteiam a vaga do conselheiro Marcos Madureira, que será aberta em maio próximo, escolheram um momento apropriado para buscar uma mudança no regimento interno da Assembleia para que qualquer cidadão possa disputar a vaga, desde que preencha os requisitos básicos para ocupar uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas.



Em essência, a iniciativa é louvável, aumentaria a competitividade para a cadeira e daria a chance ao cidadão comum de entrar no Tribunal, sem precisar ser indicado por um deputado. Mas vai ser muito difícil convencer os deputados, que já estão em plena movimentação para escolha, a abrir mão da vaga.



É claro que a escolha de um deputado ou no caso da escolha do governador, de um de seus secretários, como aconteceu no passado, é questionável. No julgamento de contas de parlamentares pode haver dúvida na isenção do conselheiro oriundo da Assembleia. No caso de membros do Executivo, o julgamento das contas do governo pode ser contaminado por essa relação.



Mas independentemente da origem do conselheiro, a situação política do Estado inibe que a escolha de um conselheiro que vá contra os interesses da o jogo político. Antes de acertar a entrada de alguém no Tribunal, a costura dos acordos deixa tudo preparadinho para que não haja ruído.



A movimentação que se dá hoje gira mesmo em torno dos nomes de Claudio Vereza (PT), a quem os deputados não querem dar a vaga, e Dary Pagung (PRB), que se tudo der certo, vai ser o nome escolhido, pelo menos no que depender da vontade do governador.



Os deputados estariam dispostos até em escolher Sérgio Borges (PMDB), entendem que a hora dele seria essa, mas os problemas do líder do governo com a justiça poderia fragilizar a Assembleia como um todo. Já Atayde Armani (DEM) parece que está sempre na área e nunca marca gol. Pode até ser que a construção do projeto “Conselheiro Cidadão” se concretize, mas dificilmente será para a vaga de Madureira.



Fragmentos:



1 – Se souber capitalizar em cima disso, a inauguração do hospital Jayme dos Santos Neves, no município da Serra, pode se transformar na grande obra do primeiro mandato do governador Renato Casagrande, fortalecendo o socialista para a disputa a reeleição.



2 – Quem também vai participar da inauguração é o ex-governador Paulo Hartung, já que a obra foi iniciada no governo passado. Além da Ponte da Passagem, construída em parceria com a Prefeitura de Vitória, Hartung não conseguiu inaugurar grandes obras em seu governo.



3 – A grande expectativa estava concentrada em duas obras de vulto: o aeroporto de Vitória e o Cais das Artes. Esses dois projetos, pelo jeito, nem Casagrande vai entregar à população antes do fim de seu primeiro mandato. Mas isso é outra história.

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