O senador Magno Malta (PR) vai bater o pé na questão da candidatura ao governo do Estado. A expectativa dos meios políticos era de que se realmente ele deixasse o PR, por causa da filiação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda poderia tirá-lo da disputa ao governo do Estado.
O caminho mais fácil seria o PSC, que mesmo antes do casamento com a deputada federal Lauriete, já era um partido muito próximo do PR. Será muito pouco tempo de TV, mas Magno afirma que não tem problema com isso.
De fato, a campanha do senador é feita na rua, no corpo a corpo. Com um microfone na mão ele consegue conquistar o eleitor, sobretudo o eleitorado mais conservador que se identifica com seu discurso. Quem já viu o senador em campo, sabe o barulho que ele faz.
Os interlocutores palacianos também sabem. Não só sabem como temem a presença de Malta no pleito por conta dessa sua desenvoltura no meio da população. O problema é que não dá para colar em Malta o rótulo de “crime organizado”, e enfrentar seu discurso conservador ninguém quer.
Embora ninguém queira parecer conservador, defendendo pontos de avanços democráticos, ninguém quer ir de encontro ao desejo da população, que sim, é conservadora na hora votar. Daí o dilema dos demais candidatos.
Não querem defender os pontos polêmicos que Malta defende, mas também não querem perder o voto deste eleitor, então também não dá para confrontar Malta aprofundando esses debates. Como combatê-lo, então?
A tentativa é de isolar a candidatura do senador, que vive dizendo que não precisa do apoio dos outros. Mesmo que Malta tenha pouco tempo de televisão vai conseguir passar seu recado por outros meios, o que deve estar tirando o sono de muita gente.
Fragmentos:
1 – Pelo menos em Vila Velha PT e DEM continuam em lados opostos, basta ver quem foi o vereador que abriu espaço na Câmara para que os professores do município pudessem expor suas queixas contra o prefeito Rondey Miranda. Foi o vereador Zé Niton (PT).
2 – Digo isso, porque desde que o partido em sua festa de 30 anos chamou para a mesa de autoridades o governador biônico Elcio Alvares (DEM), as coisas parecem estranhas na tradicional dicotomia política nacional pela ótica capixaba.
3 – Aliás, será que o PT sob o comando de João Coser aceitaria um acordo com Hartung que incluísse o PSDB na chapa. Bom, a coluna não duvida de mais nada.