
Uma nova jogada política que tem como autor o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) circula nos bastidores. Ele seria o cabeça de chapa do PMDB em dupla com a deputada federal do partido Rose de Freitas ao Senado, mas coligado a uma outra candidatura ao Senado do PSDB, do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas, quadro de maior potencial do ninho tucano. Com a possibilidade, ainda, de o ex-prefeito João Coser (PT) também sair candidato à vaga. Hartung apoiaria os três e vice-versa, cercando-se de garantias para enfrentar a candidatura à reeleição do governador Renato Casagrande. Desta forma, Luiz Paulo garantia o palanque do tucano Aécio Neves e Coser o da presidente Dilma Rousseff. É uma verdadeira salada, sem dúvida alguma, mas Hartung já elaborou fórmulas semelhantes em outras eleições. E, como toda configuração do tipo, asseguraria traições. Por eliminação, mais provável que a vítima, neste caso, seja Rose, já que não tem o poder de votos de Luiz Paulo, nem aglutina apoios como Coser. Aliás, Rose com Hartung dividindo a mesma chapa, hein, quem diria…
Chances
Para convencer Luiz Paulo, Hartung se valeria do argumento de que o ex-prefeito, dos três, é o que tem mais chances de vencer. De fato, é. O tucano “subiria” de degrau, saindo da disputa à Câmara dos Deputados.
De cima
No caso de Coser, ele é prisioneiro da decisão da nacional. Só de Brasília poderia vir a decisão se ele vai com Hartung ou com o governador Renato Casagrande.
De cima II
É por lá também que o ex-governador se movimenta. Por aqui não dá jogo. O PMDB e o PT locais estão com Casagrande. A decisão tem que vir das nacionais.
Mãos atadas
A estratégia também tem alcance para mexer no conjunto de forças de Casagrande. Tira o PSDB e Coser do arco do socialista.
Lembrando…
Nas últimas eleições, Hartung lançou Casagrande e as candidaturas de Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR) coligadas na mesma chapa – eram duas vagas. No meio do caminho, juntou Rita Camata (PSDB). A ideia era Ricardo e Rita “jantarem” Magno. Não deu certo.
Decisivo
Articulações de um lado, especulações do outro, uma certeza: este é o momento de definir o destino eleitoral do Estado.
Filho legítimo
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) está marcando em cima do vice-governador Givaldo Vieira (PT). Do mesmo partido de Casagrande, quer ser o candidato da máquina e afastar qualquer possibilidade de não levar a reeleição. Se Givaldo perder a bocada, terá reduzidas suas possibilidades eleitorais consideravelmente. Quem tem a máquina tem votos.
Tiro ao alvo
O último berro do deputado estadual Paulo Roberto (PMDB), mirando não só Casagrande, mas também o PSB, tem endereço certo: seu colega de plenário Eustáquio de Freitas, que também tem reduto eleitoral em São Mateus. Freitas é o homem forte do PSB na região. Já Paulo Roberto está mal das pernas em relação a votos. É assim que o mercado enxerga.
Tiro ao alvo II
Paulo Roberto sabe que o momento é propício para colocar lenha na fogueira contra o adversário. No município, os moradores até hoje não descolam o socialista do crime do então diretor do Hospital Roberto Silvares, Valdenir José Belinelo. Freitas vive um inferno astral por lá. Tem panfleto espalhado para tudo quanto é lado.
140 toques
“Abril Sangrento, parte II: a vingança. De como Ricardo Ferraço sangrou Hartung e depois foi ao cinema com Casão”. (Articulador da Rede no Estado – Roberto Beling – no Twittter).
PENSAMENTO:
“Só se pode conversar na sauna, pelado”. Sérgio Motta