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Fim da unanimidade

Finalmente o governador Renato Casagrande cansou de esperar que o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) se apresente para compor o palanque de unanimidade e estabeleceu um novo cenário político no Estado, ao aceitá-lo como adversário. Deixa claro aos interlocutores que foi o ex-governador quem se colocou nesta posição, mas que uma vez nela, não tem jeito, agora está do outro lado do balcão. 
 
Isso leva a um novo modelo político. É decretada a morte da unanimidade e a ascensão de uma divisão do cenário em pelo menos dois palanques. Mesmo que queira voltar atrás, será difícil, porque ele bateu a porta. Na verdade, acostumado a um controle forte da classe política, Hartung não esperava a reação de Casagrande, aceitando ir para o confronto. 
 
O ex-governador esticou a corda para tentar manter seu controle sobre o Palácio Anchieta em um novo mandato do socialista. Queria ainda garantir a vice para um de seus aliados, de olho na disputa de 2018 e queria também a vaga do Senado, para ter um mandato e sair da planície.
 
Tudo isso poderia ser até negociado, mas Hartung quis fazer pela via da pressão. Enxertou o mercado político com muita fumaça, confundiu as lideranças e trabalhou pelo desgaste do seu antecessor. Depois de toda a blindagem de seu governo e da aceitação a contragosto dos emissários de Hartung em sua equipe, não dava mais par aceitar as manobras do antecessor. 
 
Agora resta à classe política escolher um caminho. Ele não é mais único, aponta para um embate e vai exigir posicionamento das lideranças. Por enquanto, Casagrande leva a melhor nessa. Não houve desembarque de seu palanque, até mesmo os peemedebistas preferem apoiar Casagrande ao palanque de Hartung. 
 
E o ex-governador, hoje, tem quem ao seu lado? Nem os antigos aliados estão dispostos a caminhar com ele. Vai ser difícil para Hartung levar à frente o palanque de alternativo de Casagrande. Até porque uma coisa é ter o governador como aliado, outra coisa é enfrentar a máquina em um processo eleitoral. 
 
Fragmentos:
 
1 – O governador Renato Casagrande parece que sente o cheiro de confusão. É só aparecer a possibilidade de um embate social, que ele aciona seu vice, Givaldo Vieira (PT).
 
2 – No protesto dos servidores públicos do Estado, na Expotur, na manhã desta sexta-feira (4), na Praça do Papa, quem estava lá para a solenidade de abertura do evento, quando o palco foi ocupado pelos manifestantes?
 
3 – Enquanto o ex-governador tenta criar condições para sua candidatura ao governo, o prefeito de Vila Velha, seu aliado Rodney Miranda (DEM), “o candidato do Hartung”, piora um pouco mais a sua imagem.

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