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Guerra fria

Já se vai mais de um mês que o ex-governador Paulo Hartung entregou uma carta ao PMDB do Estado disponibilizando seu nome para a disputa ao governo do Estado. Nos meios políticos, o episódio e os eventos que o antecederam, como o tal estudo que criticou os gastos do governo Casagrande, indicavam que desta vez o ex-governador inverteria sua lógica de sair de cima do muro aos 45 do segundo tempo.

Ledo engano. Depois de entregar a carta, Hartung mergulhou nas Fossas Marianas do silêncio. Enquanto a classe política faz as mais diversas conjecturas sobre seu posicionamento, ele permanece submerso. Hartung pode ir com o PSDB, pode ir com o PT ou pode ir com nenhum dos dois, mantendo as candidaturas colocadas para pulverizar o cenário, sobretudo, na disputa ao Senado.

A pergunta que mais ouvi depois de o governador Renato Casagrande lançar sua candidatura no início deste mês foi: “Você acha que o Hartung vai mesmo disputar a eleição?” Bom, eu sempre digo que sim, que não dá mais para ele voltar atrás. Afinal de contas, o passo já foi muito longo.

É diferente de 2010, quando ele desistiu da disputa ao Senado, naquele momento, o mercado político todo tinha certeza de que ele seria candidato ao Senado, mas ele nunca tinha dito abertamente que estava disposto a se lançar na disputa. Este ano, ele se colocou à disposição.

Se Hartung recuar agora teria dois problemas: primeiro, desistir pareceria admitir a derrota diante do volume de apoios que Casagrande tem recebido; segundo, que não haveria mais espaço para ele disputar o Senado no palanque palaciano. De qualquer forma, o silêncio de Hartung intriga.

E ele deve manter esse posicionamento, levando Casagrande e a classe política para uma guerra fria, que antecederá as temperaturas altíssimas que se espera para o  esperado embate dele com o governador Renato Casagrande, no segundo semestre que se aproxima.

Fragmentos:

1 – A disputa entre Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB) já começou, pelo menos no Instagram, onde as ações dos dois ganham destaque, ou pelos “admiradores”, como no caso do peemedebista, ou pelo próprio, como no caso do governador.

2 – Aliás, a disputa pela internet este ano está quente e os aliados de Hartung estão mostrando que apesar de o ex-governador ser arredio ao contato com internautas, não tendo contas nas redes sociais mais populares, seus interlocutores sabem muito bem como usar as redes.

3 – Tudo bem que tem gente que exagera, tanto que tem levado algumas manifestações de apoio à Justiça Eleitoral, por causa de propaganda antecipada. No final das contas não dá em nada, mas pode causar algum estrago.

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