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Guerra sem fim

Nossos computadores são constantemente alertados sobre a intempestiva chegada de um novo vírus . Sim, todo cuidado é pouco! Não abra links desconhecidos, não passe qualquer informação importante sobre você ou a empresa em que trabalha… enfim, vivemos agora com mais essas espada de Dâmocles  sobre nossas cabeças – os vírus de computador.  Tal como os vírus do corpo, os vírus digitais aparecem não se sabe de onde, entram  sem serem convidados e fazem estragos.
 
O último invasor é o CryptoLocker,  um vírus trojan,  ou Cavalo de Troia,  que há vários meses está assaltando computadores no mundo todo.  O  verbo está correto, Isso é um assalto! Ele invade seu PC e sequestra seus dados,  deixando uma nota exigindo o resgate – 300,00 dólares ou euros  para ter seus  dados de volta.  Ou paga  ou perde seus arquivos para sempre.  Voltamos aos  tempos da Máfia italiana, quando se pagava para não ser morto ou assaltado.
 
Estando os computadores ainda na fase rebelde da adolescência, naturalmente os vírus são crimes recentes.  A primeira vez que ouvimos falar em programas invasores  auto-replicantes que infectam  arquivos e/ou computadores foi  em 1983. No ano seguinte  passaram a ser definidos como vírus.  Enfim, uma praga.  Em 1986, o primeiro vírus foi identificado – o Brain, do Paquistão.  Numa relação causa e efeito, surgiu também o primeiro anti-vírus, o  Avast. Estava declarada a guerra digital.
 
Infelizmente, até o momento em que digito essas linhas,  os  vírus estão levando a melhor. E cada vez mais se sofisticados.  Os anti-vírus vão também se atualizando,  tentando seguir o avanço  acelerado do inimigo, mas estão sempre um passo atrás. No começo de  1989, apenas 9% dos computadores tinham vírus; no final do mesmo ano, a percentagem já era de 63%.  O primeiro vírus a aparecer na mídia foi o Michelangelo, em 1992. Como resultado,  a venda dos anti-vírus subiu drasticamente, e hoje ninguém que ame seu computador o deixa sem essa armadura protetora.
 
Tal como as gripes eles vêm do ar, e no princípio não tinham certidão de nascimento, pois como bem diz o vulgo, filho feio não tem pai. Em 1994, o criador do vírus Pathogen é descoberto pela Scotland Yard. Se fosse brasileiro, o processo estaria rolando na justiça até hoje; mas na Inglaterra o espertinho levou 18 meses de cadeia. O Concept, de 1995, foi o primeiro vírus de macro.  
 
Até agora, o vírus mais devastador foi o Chenobyl,  de 1999. Nos Estados Unidos fez apenas marolas, mas provocou grandes estragos em outros países, principalmente na China, onde deu um prejuízo de 291 milhões de dólares.   Em 2000, o LoveLetter, vindo das Filipinas, arrasa a Europa e os Estados Unidos – em apenas seis horas infestou três milhões de computadores, provocando um prejuízo de 8.7 milhões.
 
Tudo  começou como uma brincadeira de jovens entediados, que queriam saber até onde poderiam chegar seus  bichinhos de estimação.  Hoje o quadro mudou, e somos atacados por mentes criminosas com um único objetivo:  assalto à mão desarmada. Em 1995, havia 15.000 vírus conhecidos;  em janeiro de 2011, eram mais de um milhão!  Lembre-se:  o melhor ambiente para a propagação dos vírus são as redes sociais.  Desligo.

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