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Mais do que vencer

Um dos pontos que chama atenção na entrevista do deputado estadual Atayde Armani (DEM) é o convite do então governador Paulo Hartung (PMDB) para que ele disputasse a eleição em 2006. Naquele momento, Hartung precisava mudar o perfil da Assembleia Legislativa, eliminar os pontos de resistência e consolidar a harmonia entre os poderes para garantir a governabilidade. 
 
Para isso, movimentava suas peças políticas dentro do tabuleiro da disputa proporcional. Isso significava, inclusive, mudar as lideranças de partidos, para que pudessem ser acomodadas em coligações mais ou menos pesadas, de acordo com suas capacidades de captação de votos. Não é uma matemática simples e é sempre impossível prever os fenômenos e a esperteza de algumas coligações nanicas. 
 
Na eleição deste ano, percebe-se uma preocupação normal dos partidos que precisam fazer bancadas na Câmara dos Deputados, já que isso reflete em fundo partidário e tempo de TV. Mas, claramente, há também a deliberação do PT de disputar os governos nos grandes colégios eleitorais, para garantir o palanque de Dilma Rousseff e, nos estados menores, como é o caso do Espírito Santo, eleger senadores. 
 
Garantir um perfil legislativo afinado com o governo federal na Câmara seria impossível, afinal são 513 parlamentares e as idiossincrasias regionais não permitem um mapeamento preciso que possibilite essa movimentação. Os partidos fazem suas apostas nos Estados, escolhendo determinados candidatos, e investindo financeiramente, inclusive. 
 
Já para o Senado, a situação é mais controlável. Quanto à Assembleia, os desdobramentos da semana mostram uma clara divisão do plenário entre os dois palanques colocados no mercado político: do governador Renato Casagrande e de Hartung. 
 
Com uma expectativa de renovação de metade do plenário da Casa, os candidatos majoritários vão ter de atrair e movimentar suas peças de forma a garantir o maior número de aliados na próxima Assembleia, a partir de 2015. Isso contando com o PRB, que promete abocanhar um pedaço considerável nessa matemática, tornando ainda mais imprevisível o resultado eleitoral. 

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