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O espírito maligno do vento

A temporada de furacões começou em junho e vai até 30 de novembro, e este ano promete ser dos mais tranquilos, com 70% de chances de flutuarmos em  céu de brigadeiro. Mas como o inesperado manda no clima, podemos ter a visita de seis a 11 furacões que mereçam receber nomes, com três a seis podendo chegar às famigeradas categorias 3, 4 ou 5, com ventos na velocidade de 111 mph ou mais. Deus nos livre!
 
A maioria dos furacões fica no mar e não causa grandes problemas. Quando atinge a terra, porém, o maior perigo são as inundações provocadas pelas marés de tempestade, ondas que o vento levanta e/ou pelo aumento no nível do mar.  A  água, e não os ventos, causam 90% das mortes e dão mais prejuízos. Bastam 15 centímetros de água para derrubar um adulto, e 30 cm podem arrastar a maioria dos veículos, inclusive picapes e SUVs.
 
Os ventos mais violentos e as chuvas mais intensas ocorrem na parede do olho, o anel de nuvens e trovoadas que circundam o olho.  A cada segundo, um grande furacão gera a energia de 10 bombas atômicas.  Os ventos do furacão Hugo, categoria 4 (Charleston, Carolina do Sul)  provocaram uma onda de destruição por centenas de quilômetros costa a dentro,  deixando milhões de pessoas sem energia, e prejuízos de bilhões de dólares.  
 
O nome furacão veio dos Índios Taino, e significa espírito maligno do vento.  Os furacões são a ocorrência climática mais destrutiva da terra e os únicos a ganharem nomes, uma ideia do meteorologista australiano C. Wragge, lá pelos idos de 1900.  Em 2015, o  primeiro furacão não passou de uma tempestade tropical e se chamou Ana; teremos um Wanda se chegarem aos 21.  
 
Em 1502, Colombo estava em Santo Domingo quando percebeu sinais de um violento furacão se aproximando. Ele avisou ao governador da cidade, que não lhe deu ouvidos e autorizou uma frota de navios a se fazer ao mar. A frota foi destruída, e 500 homens morreram. Os tesouros que os navios transportavam foram para o fundo do mar, fazendo hoje a alegria dos escafandristas caçadores de tesouros no mar do Caribe.
 
Um furacão atingiu o estado de Nova Iorque em 1893,  varrendo do mapa a Ilha Hog. Ao que se sabe, foi a única vez que um furacão fez uma ilha desaparecer completamente.  E tem a história da cidade de  Galveston,  que era o segundo maior porto no Golfo do México,  na época considerado mais importante que Houston e Dallas. Destruída por um furacão  em 1900, a cidade nunca mais recuperou a antiga importância.
 
O maior furacão a atingir os Estados Unidos nos tempos modernos não foi Katrina, mas Camille, de categoria 5, que atingiu a terra em 1969 com ventos de  190 mph provocando ondas marítimas de mais de 8 metros altura. O Planeta Júpiter tem um furacão que dura mais de 300 anos, que pode ser visto como uma mancha vermelha no planeta. Esse furacão é maior que o Planeta Terra.

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