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Para onde ir?

Desde 2014, o Brasil atravessa uma das mais nebulosas fases da história, em pesado clima de incertezas, apreensões e medo em todas as áreas, com redução de esperança de dias melhores. Um cenário que envolve, principalmente, a classe política.
Esse é o cenário que antecede as eleições de outubro, marcado pelo distanciamento histórico entre os detentores de poder e quem está na base da pirâmide social e, aí, vale lembrar os que foram escravizados e trazidos para esta terra e submetidos a uma elite canalha e cruel.
Um grupo nunca preocupado em construir um País, mas simplesmente usufruir, com extrema avidez, de privilégios gerados nas cadeias produtivas e na máquina pública, cada vez mais dominadas pelo capital financeiro com sua sede insaciável. E a classe política? 
Essa é a pergunta formulada pelo eleitorado, quando se aproxima o período da campanha eleitoral, de caça ao voto, que colocará nos centros de poder aqueles cujas embalagens caiam na “boca do povo”. Na disputa há lugar para tudo: políticos bem intencionados, charlatães, oportunistas e enganadores, fiel retrato da sociedade. 
Um quadro sombrio, no qual surgem apelos obtusos que povoam as ruas e também invadem as redes sociais e ganham espaços na imprensa: “Só os militares podem consertar o País, nenhum político presta” é a frase que vira uma espécie de mantra das camadas mais atrasadas da sociedade.  
Os defensores dessa ideia certamente colocaram venda nos olhos para não enxergar desatinos históricos cometidos pelos militares a partir de 1964 e o fiasco da intervenção no Rio de Janeiro, bem como em Vitória na greve da Polícia Militar, em fevereiro de 2017.  
A crítica vazia à classe política virou moda, estimulada por meios de comunicação seletivos, mais voltados para tornar o cidadão comum um perfeito imbecil, sem qualquer tipo de participação na vida política. Como boi na manada a obedecer, unicamente, a quem os toca e os leva para onde quiser.
A eleição está às portas e, mais do que em qualquer ocasião, a crítica à classe política é perigosa para a frágil democracia, quando formulada sem embasamento, visando unicamente desacreditá-la. Dessa forma, setores interessados em manter esse status quo, a fim de sequestrar o que resta na sustentação da democracia, ampliam seus dividendos.
A escolha política é sempre uma tarefa difícil, quando são pesados os parâmetros de cada candidato. Mas eles estão aí, e de suas ações é que surgirão os frutos, para o bem ou para o mal, segundo o voto da maioria. 
O ex-governador Renato Casagrande (PSB), o governador Paulo Hartung (MDB), a senadora Rose de Freitas (Podemos) e o advogado André Moreira (Psol) disputam o governo do Estado neste ano. 
Os dois primeiros não apresentam nada de novo, com maior grau de inoperância no atual governador, que se sustenta em ações de marketing a maquiar a dura realidade do Espírito Santo. Rose, ainda não testada no executivo, parece ter sumido do mapa, e André Moreira, do diminuto Psol, não tem chances, mesmo com suas propostas inovadoras. 
Mas eles tão aí, para a escolha do eleitor, assim também os candidatos ao Senado, à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Esse é o caminho. 

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