Enquanto grande parte dos brasileiros acompanha os jogos das seleções que disputam a Copa do Mundo a partir desta quinta-feora (12), as lideranças políticas seguem no mês de junho com um olho nos jogos e outro nas articulações políticas. Isso porque o que está em jogo é a eleição estadual de outubro próximo e uma escolha errada na escalação dos palanques pode significar a vitória ou a derrota nas urnas.
Há muita coisa envolvida nas discussões eleitorais deste ano e, neste sentido, não dá para se distrair com os jogos do mundial. No palanque polarizado entre Paulo Hartung e Renato Casagrande está uma disputa pelo poder e controle do projeto político de unanimidade em vigor no Estado. Por isso, o fortalecimento dos palanques é o primeiro passo para entrar em campo bem no próximo dia 6 de julho, quando começa de verdade a campanha.
Para os ex-prefeitos da Grande Vitória e os atuais donos das cadeiras, a eleição de outubro é uma preliminar do jogo que realmente lhes interessa: a eleição municipal de 2016. Neste sentido, acompanhar o desempenho de quem deixou a prefeitura em 2012 ou saiu derrotado das urnas, além dos candidatos apoiados pelos atuais prefeitos pode dar uma diretriz de como será o próximo jogo.
O destaque fica com os ex-prefeitos de Vitória João Coser (PT), e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que querem levar para o Senado uma disputa em dois níveis, discutindo os projetos nacionais de seus partidos e de sobra ensaiar a disputa de 2016 na Capital. O campo de batalha, porém, não parece ser o mais apropriado para esse debate reducionista.
Enquanto isso, os candidatos proporcionais tentam adivinhar as estratégias colocadas pelos principais jogadores para não fazer apostas erradas, o que fica dificultado pelo mistério que envolve as escalações dos times de Casagrande e de Hartung.
Fragmentos:
1 – O adiamento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) prolonga o sofrimento da classe política capixaba sobre o número de vagas em disputa no próximo ano. Para os empresários também fica difícil fazer as apostas sem saber quantos candidatos haverá no pleito.
2 – O PMDB nacional definiu o apoio a Dilma, mas deixou os diretórios estaduais livres para fazerem as composições que acharem adequadas. Ou seja, não definiu nada para o Espírito Santo.
3 – A partir do próximo fim de semana, começam de fato as convenções partidárias no Estado. No mais, ficará tudo para os últimos dias de junho para evitar decisões precipitadas.