Domingo, 05 Mai 2024

Tempos difíceis

Que os deputados estaduais e os secretários do governador Casagrande se estranham, todo mundo sabe, e não é de hoje. Mas a proximidade da eleição em que os 30 deputados estarão disputando 27 vagas – caso não revertam a redistribuição das vagas aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral –, está deixando a relação ainda mais difícil.



É que os tempos são outros. O governador Renato Casagrande estabeleceu uma política bem diferente da que se desenvolvia antes dele entre Executivo e Legislativo. Seu antecessor criou uma dinâmica com os deputados que os fortaleceu, mesmo com toda a submissão que a Assembleia dispensava ao Palácio Anchieta.



Em suas bases, os deputados eram fortalecidos pelo então governador em detrimento do enfraquecimento dos prefeitos, que em boa parte estavam em palanques diferentes dos parlamentares. Durante os oito anos, os deputados receberam a contrapartida da submissão total ao Executivo em forma de vitrine eleitoral nas bases políticas.



Casagrande segue o caminho contrário. Em preparação para sua campanha eleitoral do próximo ano. Vem adotando uma agenda municipalista, que vem enfraquecendo os deputados. O governador vai aos municípios acompanhado de secretários e aliados que aparecem na foto.



Já os deputados que mantiveram o perfil subserviente não têm mais a contrapartida para garantir suas reeleições. Os deputados vêm pagando o preço por terem assumido essa postura, como no caso do "posto fantasma" de Mimoso do Sul. Os deputados perderam a oportunidade de colocar uma CPI na Casa para investigar irregularidades na construção do posto, que na verdade, não saiu do papel.



A CPI investigaria irregularidades no governo de Hartung, mas como Casagrande vem protegendo seu antecessor, os deputados estariam atingindo também o atual governador. Bom, eles escolheram o caminho da submissão, agora vai ficar difícil mudar alguma coisa.



Fragmentos:



1 – Quando se trata de obras do aeroporto, a imprensa corporativa cobra uma postura do governo federal e parece surda à questão de que o consórcio contratado fraudou o processo. E por isso que a obra não sai, por causa da fraude. A propósito, por que a imprensa evita o nome das empreiteiras envolvidas na fraude?



2 – O prefeito de Cariacica Geraldo Luzia, o Juninho (Mobilização Democrática - MD)  foi eleito vice-presidente para assuntos de esportes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), mas o que ele queria era a presidência.



3 – O Projeto de Resolução nº 942/13, de autoria do vereador Zé Nilton (PT), que cria a Comissão Permanente de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres na Câmara de Vila Velha deve ser votado na próxima terça-feira (30).

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