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Tudo como antes

Uma palavra proibida na Assembleia que ainda vai tomar posse é “oposição”. Nem mesmo o grupo que pregava a mudança na relação com o governo do Estado e saiu esfacelado do processo, ousava usar essa palavra, preferiam “independência”. É uma pena, afinal é no embate de ideias que a democracia se desenvolve. 
 
No Espírito Santo das últimas décadas se perdeu essa capacidade de diálogo político. O Executivo não aceita críticas e controla rigidamente os demais poderes, os partidos políticos, as lideranças políticas e as entidades de classe, para evita que qualquer problema seja apontado.
 
Em vez de aceitar a crítica como uma forma de repensar seu papel e melhorar a gestão, é preferível tentar desqualificar quem critica. Em vez de desenvolver a democracia, a impressão é que estamos regredindo. Veja a movimentação para a eleição interna da Assembleia. Theodorico Ferraço (DEM) vai para seu terceiro mandato à frente da Casa. 
 
É verdade que ele é o nome com mais condições de comandar a Casa, tirando ele, o resto do plenário apresenta um amontoado de deputados que ou não agradam o Palácio Anchieta ou não tem musculatura política suficiente para sustentar o cargo. 
 
Mas aceitar uma movimentação de gabinete, de cima para baixo, deixa a situação da Casa complicada. O Legislativo que já não é exatamente o Poder predileto da população, fica ainda mais desgastado ao já iniciar a legislatura dizendo amém ao Executivo. 
 
Os deputados mais uma vez não entenderam o recado das urnas ou não têm o interesse de mudar essa realidade. O eleitor que mandou metade do plenário para casa em 2014, já havia feito isso em eleições anteriores. Quando mais baixam a cabeça, mais os deputados se enfraquecem e mais o Executivo se fortalece. 
 
Fragmentos:
 
1 – Perguntar a Rodrigo Coelho (PT) sobre o favoritismo de Theodorico Ferraço (DEM) para a presidência da Assembleia Legislativa não poderia dar outro resultado que não a negativa. Os dois são adversários em Cachoeiro de Itapemirim.
 
2 – Mas isso não significa que não haverá convergência entre os dois até domingo (1). Coelho, que retardou seu retorno à Assembleia em 2013 para não votar no demista, agora não terá outra opção.
 
3 – O vereador Fabrício Gandini (PPS) quer investigar ações do governo João Coser (PT), que aponta no horizonte como principal adversário político do prefeito Luciano Rezende (PPS).

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