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‘Queremos colocar a cultura no debate da política’

Com a proximidade das eleições, Grito da Cultura mobiliza artistas para debater o futuro das cidades 

O Grito da Cultura deu início à articulação com artistas do Espírito Santo para a mobilização do setor, tendo em vista as eleições municipais deste ano. Campanhas de comunicação, elaboração de uma carta com propostas ao Executivo e o Grito nas Cidades, que serão regionais, são as ações previstas. “Queremos colocar a cultura no debate da política. É fundamental para garantir direitos. Debater eleições é debater o futuro da cultura na cidade”, destaca uma das integrantes do Grito da Cultura, Karlili Trindade.

A primeira ação, que é o conteúdo para as redes sociais, já começou. O objetivo, informa Karlili, é explicar a importância das eleições municipais no que tange à cultura não somente para os trabalhadores do setor, mas para a sociedade como um todo. “A política municipal é a que chega na gente, mesmo havendo uma política cultural nacional e estadual consistentes, não acontecendo o mesmo com a municipal, não adianta”, diz Karlili.

A carta, informa, será construída a muitas mãos. Para isso, será disponibilizado nas redes sociais do Grito um link no Google Forms, no qual as pessoas irão responder questões como qual pauta, com foco na cultura, não pode ser deixada de lado nos planos de governo dos candidatos à prefeitura. Caso queiram, as pessoas podem deixar sua assinatura para ser colocada na carta, bem como o nome da cidade onde atuam. Com base nas contribuições feitas, que serão sistematizadas, o Grito irá elaborar o documento.
A carta, informa Karlili, será divulgada em canais como as redes sociais e imprensa. De acordo com ela, o Grito não vai buscar assinatura dos candidatos firmando compromisso, mas os trabalhadores da cultura de cada município “podem e devem cobrar que os candidatos assumam compromisso com as pautas”.

A terceira atividade, que chama Grito nas Cidades, consistirá em lives regionais com artistas locais, que debaterão a realidade cultural dos municípios de uma determinada região e as perspectivas nessas eleições para entender o cenário em cada local.

As lives acontecerão de julho a setembro, abarcando um conjunto de municípios, que ainda não foi definido. As lives regionais também focarão nas identidades, sendo realizadas, ainda, com grupos como quilombolas, indígenas, comunidade LGBTQIA+ e comunidades periféricas. “Queremos discutir aquilo que se espera, aquilo que se precisa, sem visão partidária, mas de responsabilidade política dos candidatos que passarão pelo crivo popular por meio do voto”, aponta Stel Miranda, também integrante do coletivo.

O Grito da Cultura nasceu em março de 2022, quando ao som de tambores e música, que se misturavam com palavras de ordem, artistas e articuladores culturais de Capital ocuparam a entrada da sede da Prefeitura de Vitória, denunciando o desmonte e descaso com as políticas do setor no município

No mesmo mês, os mobilizadores protocolaram uma carta com sete reivindicações urgentes para a cultura de Vitória, como a Lei Rubem Braga, o não fechamento de equipamentos de atendimento à juventude e o investimento no setor. Um novo ato foi realizado em abril. Artistas cobraram o cumprimento das reivindicações protocoladas, bem como uma reunião com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Desde então, o Grito tem atuado contra os retrocessos na área, com ações nas ruas e nas redes sociais, extrapolando sua ação para além da Capital.


Grito da Cultura começa a ecoar pelo Espírito Santo

Na CulturArte: Grito da Cultura; Lei Paulo Gustavo; Vitória Ilustrada; Cultura Afro; Cineclube e exposição da Gold


https://www.seculodiario.com.br/cultura/grito-da-cultura-comeca-a-ecoar-pelo-espirito-santo

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