Domingo, 28 Abril 2024

Falta de investimento é um dos principais motivos dos assassinatos de jovens negros

O Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil, elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfiz, e lançado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) confirmou que no Estado existe o extermínio da juventude negra, como já vinha denunciando há anos o Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes). 
 
De acordo como o coordenador do Fejunes, Luiz Inácio Silva da Rocha, essas estatísticas não vão ser reduzida enquanto não existirem políticas públicas focalizadas nesta parcela da população. “Enquanto o Estado não se convencer da importância das ações afirmativas para a juventude negra os índices não vão baixar”, disse ele. 
 
Embora a criação do Conselho Estadual da Juventude (Cejuve) e da Gerência de Juventude sejam considerada um avanço, Luiz Inácio aponta que ainda é preciso avançar no financiamento para as políticas públicas. “A gerência nem tem orçamento próprio”, acrescenta. 
 
O Fejunes defende a criação de um Fundo Estadual da Juventude e vai trabalhar na reivindicação para a instituição dele. “Sem recursos não há como colocar em prática nenhuma ação afirmativa”, completa o militante. 
 
As taxas de mortes de jovens negros são de países que estão em guerra civil. Em 2011, ano usado como base de pesquisa, a taxa no Estado ficou em 144,6 mortes violentas de jovens negros por grupo de 100 mil, enquanto a taxa entre jovens brancos ficou em 37,3. Nos dois casos, o Espírito Santo é o segundo do País, no caso de homicídios de jovens brancos fica apenas atrás do Paraná, e de jovens negros é o segundo. Alagoas lidera.
 
O próprio estudo caracteriza a taxa do Estado como inaceitável e deixa claro a seletividade de jovens negros como vítimas preferenciais de homicídios. 

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