Domingo, 28 Abril 2024

Preso pergunta sobre horário de audiência e tem braço quebrado em dois lugares

O Torturômetro, instrumento criado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJES) para monitorar as denúncias de tortura no Estado, zerou nesta quinta-feira (7) depois de denúncia levada à Comissão de Enfrentamento à Tortura por advogados de um detento do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina, no noroeste do Estado. 
 
Eles relataram que o preso, que perguntou a um agente penitenciário o horário da audiência que teria no dia seguinte, teve o braço quebrado em dois lugares. Os advogados disseram que, no dia da audiência, os familiares, diante da ausência do preso, se desesperaram e buscaram informações que davam conta que ele estava internado em um hospital da cidade com fraturas em dois locais do braço. 
 
A denúncia foi levada à comissão nesta quinta-feira e checada, o que ocasionou a movimentação do mecanismo. 
 
O torturômetro foi zerado pela última vez em setembro deste ano, quando o juízo da Infância e Juventude de Linhares (norte do Estado) comunicou à Comissão do TJES as agressões praticadas por agentes do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) contra cerca de 20 adolescentes em conflito com a lei internados na União de Internação Regional Norte (Uninorte/Acadis).
 
Na mesma ocasião, a Comissão realizou inspeção surpresa na Penitenciária Regional de Linhares e constatou sinais de agressões físicas contra um dos internos, praticadas dez dias antes. Anteriormente, também havia vindo de Colatina, da Penitenciária Feminina, uma denúncia de torturas contra seis internas, em agosto.

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