Sábado, 27 Abril 2024

Comunidade aguarda resposta do governador sobre escola em Nova Venécia

governador_casagrande_13_heliofilho_secom Hélio Filho/Secom

A comunidade da Escola Municipal Comunitária Rural de Ensino Fundamental Gaviãozinho, em Nova Venécia, noroeste do Estado, afirma estar ansiosa pela conversa entre o governador Renato Casagrande (PSB) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), Rodrigo Coelho, sobre a possibilidade de a unidade de ensino não ser fechada. O gestor, em agenda realizada no município em 28 de dezembro, afirmou que naquele mesmo dia iria conversar com o conselheiro para que a escola permanecesse funcionando no ano letivo de 2024.

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o governador se comprometeu a fazer o diálogo após o prefeito André Fagundes (PDT), acompanhado de pessoas da comunidade, declarar que "se apertar" é possível à gestão municipal manter a escola financeiramente. Em 29 de dezembro, Século Diário contatou a assessoria do governador para saber se a conversa já tinha sido feita. A resposta foi que ainda não. Questionada se havia uma previsão para que acontecesse, a assessoria não respondeu. Nessa sexta-feira (5) o gabinete do governador foi novamente questionado sobre o compromisso feito por ele, mas não obteve resposta.

"A comunidade espera ansiosa e preocupada pela resposta da secretaria de educação de Nova Venécia, após o senhor governador Renato Casagrande dar sinal positivo aos pais juntamente com o prefeito André Fagundes, que também concordou em manter a escola aberta", diz um dos pais de alunos, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

O encontro com o governador foi intermediado pelo próprio prefeito, que em 26 de dezembro se comprometeu com a comunidade a marcar a conversa. Nessa mesma reunião, segundo membros da comunidade que também preferiram não se identificar, André apresentou três alternativas. Uma foi entregar a escola para o governo do Estado; outra reconhecer como escola de assentamento, já que fica no assentamento Gaviãozinho, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e a terceira foi não implementar o que manda o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) do Tribunal de Contas, assinado pela gestão municipal.

O fim das atividades da unidade de ensino obrigaria os estudantes a estudarem na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Zamprogno, em Patrimônio do 15, a cerca de 10 km da Gaviãozinho. O agricultor Rogério Pilon Lopes afirma que a distância é um dos motivos pelos quais a comunidade é contrária ao fechamento. Ele afirma que a Gaviãozinho, inclusive, atende famílias de comunidades mais distantes, também a cerca de 10 km da escola. No caso dos moradores dessas regiões, a situação, portanto, ficará ainda pior, já que os alunos e seus responsáveis terão que percorrer uma distância maior que a atual.

A Gaviãozinho não pratica a Pedagogia da Alternância, modelo de ensino no qual os estudantes alternam uma semana na escola, em tempo integral e sistema de internato, chamado de Tempo Escola, com uma semana em casa, denominada Tempo Comunidade. Contudo, mesmo assim, tem uma educação voltada para o campo, ao contrário da EEEFM José Zamprogno, o que a comunidade acredita ser um diferencial da escola que será fechada. Algumas das aulas oferecidas são manejo de horta, café e pecuária.

O TAG tem provocado o fechamento de escolas em vários municípios capixabas, especialmente as localizadas em zonas rurais. Somente as escolas de assentamentos da reforma agrária foram excluídas do TAG, atendendo a pedido de lideranças mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), feito no 8 de Março de 2023. Também no noroeste do Estado, mais precisamente em Ecoporanga, serão encerradas as atividades da comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Família Rural de Ecoporanga, que fica em Córrego do Paraíso.

Na Grande Vitória, em Cariacica, serão fechadas as EMEFs Wellington Ferreira Borges, em Antônio Ferreira Borges; Olivino Rocha, em São João Batista; Jones dos Santos Neves, em Boa Sorte; Adalberto Queiroz, em Moxuara; e General Tibúrcio, em Porto de Santana. Quatro unidades de ensino serão municipalizadas: as Escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Augusto Luciano, em Cariacica Sede; Teotônio Brandão Vilela, em Nova Rosa da Penha II; Rosa Maria dos Reis, em Porto Belo; e Nossa Senhora Aparecida, em Oriente.

Em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, a EEEFM Newtro Ferreira de Almeida, localizada no bairro Monte Belo, deixará de ofertar o ensino médio. Além disso, serão municipalizadas as escolas estaduais Maria Angélica Santana Marangoni, no bairro Zumbi, e Professor Domingos Ubaldo, no distrito de Conduru.

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Comentários: 1

Gilmar Lisboa em Sexta, 23 Fevereiro 2024 09:36

No meu pensar cm pai que entre presidente ou saia presidente eu concordo na permanência das escolas cívicas os alunos precisam aprender o que é uma disciplina um bom comportamento tudo que se deve ensinar na escola um posicionamento um bom comportamento na sociedade

No meu pensar cm pai que entre presidente ou saia presidente eu concordo na permanência das escolas cívicas os alunos precisam aprender o que é uma disciplina um bom comportamento tudo que se deve ensinar na escola um posicionamento um bom comportamento na sociedade
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