Terça, 14 Mai 2024

Caso Maria Nilce: júri popular de ex-policial é novamente adiado

 

O juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Marcelo Soares Cunha, adiou, pela segunda vez consecutiva a realização do júri popular do ex-policial civil Romualdo Eustáquio da Luz Faria, acusado de participação na morte da colunista social Maria Nilce dos Santos Magalhães, ocorrido há 13 anos. O julgamento estava marcado para esta semana, mas teve que ser adiado em função da demora na liberação do laudo de sanidade mental do réu – o último a ser julgado pelo crime.  



De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), a defesa do acusado alegou que o ex-policial sofre de insanidade mental. No entanto, o laudo do exame, realizado pelo Manicômio Judiciário do Estado, não foi entregue ao cartório da vara até essa segunda-feira (05). Com isso, o júri foi remarcado para o próximo dia 19 de dezembro. 



O julgamento havia sido marcado inicialmente para o dia 10 de julho deste ano, quando a defesa levantou a tese de insanidade mental de Japonês, acusado de ter subcontratado os pistoleiros que deram cabo à vida da colunista social. Por conta desse questionamento, o júri foi remarcado para essa terça-feira (6), mais uma vez, sem sucesso. 



O ex-policial civil é o último dos réus acusados de matar a colunista social Maria Nilce, cuja morte teve ampla repercussão social – tanto que o caso foi enquadrado no sistema “Por onde anda?”, instituído pelo atual presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, que monitora os casos de maior notoriedade. 



Maria Nilce foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como “Sindicato do Crime”. Ela estava chegando à Academia Corpo e Movimento, na rua Aleixo Neto, Praia do Canto, em Vitória, por volta das 7 horas, em companhia de sua filha. 



As investigações da Polícia Federal apontaram como mandante o empresário José Alayr Andreatta, que já foi condenado pelo júri e está foragido da Justiça. Ele teria contratado Japonês, que, por sua vez, teria subcontratado os pistoleiros José Sasso e Cezar Narciso. O pistoleiro José Sasso morreu envenenado na prisão. 



Outro acusado no caso Maria Nilce foi o piloto Marcos Egydio Costa, que deu fuga em seu avião aos pistoleiros. Ele também seria julgado nessa terça-feira, mas foi assassinado no dia 27 de janeiro deste ano, em Jacaraípe, na Serra, dentro de seu estabelecimento comercial. 



Também chegou a ser acusado de participação no crime o policial civil Charles Roberto Lisboa, mas, em sentença assinada no dia 17 de maio de 2011, o juiz Marcelo Soares Cunha considerou improcedente a acusação feita contra Charles.

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