Terça, 14 Mai 2024

Corrupção no Iases: Justiça não localiza acusado de improbidade

Corrupção no Iases: Justiça não localiza acusado de improbidade

 

O juízo da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual notificou, nessa sexta-feira (30), o ex-diretor da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Ricardo Rocha Soares, em uma ação de improbidade por supostas fraudes no contrato da entidade com o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases). Diferentemente do que acontece em casos normais, a notificação teve que ser feito pelo Diário da Justiça – já que o acusado é considerado hoje pelo Judiciário como em lugar incerto e não sabido. 
 
De acordo com o edital de notificação, Ricardo Soares terá o prazo de 30 dias para tomar conhecimento da publicação. Somente depois do vencimento deste prazo, a defesa do ex-diretor de unidade terá que apresentar, em até 15 dias, as manifestações iniciais no processo de improbidade, que tramita de forma paralela à ação criminal da Operação Pixote – sem foro de julgamento definido até o momento. 
 
Ricardo Rocha Soares era braço direito do idealizador da Acadis, o colombiano Gerardo Mondragón, que permanece preso. Ele também tinha assento no conselho fiscal do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (Inbradese), outra organização criada por Mondragón para fraudar contratos com o poder público. Antes de ser envolvido no escândalo de corrupção Iases-Acadis, Soares era diretor socioeducativo da unidade da Acadis Norte, em Linhares.
 
Dentro dos autos da ação de improbidade, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Estadual, Manoel da Cruz Doval, determinou o bloqueio dos bens de 18 pessoas e duas empresas que foram denunciadas na operação policial. A decisão prolatada no último dia 18 de outubro aponta que o bloqueio deve chegar a R$ 30,6 milhões, valor das supostas fraudes em contratos do Iases. 
 
Nos autos, o Ministério Público Estadual (MPES) aponta a existência de um esquema fraudulento na contratação e gestão dos contratos do Iases com a Acadis desde o ano de 2006. A operação policial deflagrada terminou com a prisão de 13 pessoas, entre elas da ex-diretora presidente do instituto Silvana Gallina, do ex-diretor técnico do Iases Antônio Haddad Tápias e do diretor da Acadis, o colombiano Gerardo Bohórguez Mondragón – todos os três seguem  presos. 
 
 
No total, a indisponibilidade dos bens também alcança o ex-secretário de Estado de Justiça Ângelo Roncalli, Silvana Gallina, Gerardo Mondragón, Antônio Haddad Tápias, Edna Lucia Gomes de Souza (ex-assessora da Acadis), Liliane Carlesso Miranda (assessora jurídica da Acadis), Danielle Merísio Fernandes Alexandre (diretora administrativa e financeira do Iases) e André Luiz da Silva Lima (assessor da Acadis e sócio na Inbradese, juntamente com Mondragón). 
 
Constam ainda os denunciados Euller Magno de Souza (procurador da Acadis, marido de Edna Lucia), Ana Rúbia Mendes de Oliveira (diretora administrativa e financeira da Acadis), Marcos Juny Ferreira Lima (funcionário da Acadis), Tatiane Mello (diretor de projetos da Acadis), Douglas Fernandes Rosa (presidente do Conselho de Administrativa da Acadis), além das pessoas jurídicas da Acadis, Buffet e Restaurante Paladar Ltda ME e seus sócios (Alexandre da Rocha Soares, Frederico Teixeira da Silva, Fabiana Teixeira da Silva e Maria Fernandes de Abreu e Silva).

Veja mais notícias sobre Justiça.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quarta, 15 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/