Segunda, 06 Mai 2024

Disputa pelo controle do Porto de Peiú na pauta do Pleno do TJ

Disputa pelo controle do Porto de Peiú na pauta do Pleno do TJ

A disputa judicial milionária entre grandes empresários – patrocinados por grandes bancas de advocacia – pelo controle do Porto de Peiú, em Vila Velha, promete agitar a pauta do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), a partir desta quinta-feira (4). Os desembargadores vão analisar o pedido de Otto Netto Andrade contra Pedro e Adriano Mariano Scopel, que haviam sido impedidos de votar em uma assembleia que iria destituir todos os diretores da Peiú – Sociedade de Propósito Específico (subsidiária integral da Trufa S/A) ligados à família Scopel.



O caso será relatado pelo desembargador Ney Batista Coutinho, que vai se manifestar sobre o mérito da questão. Em setembro do ano passado, o magistrado suspendeu os efeitos de uma liminar que restabelecia o direito a voto dos empresários Pedro e Adriano Scopel – medida que impediria qualquer mudança, uma vez que os dois principais acionistas têm a mesma quantidade de ações (50% cada). Em função da decisão, a assembleia foi suspensa até a resolução do imbróglio judicial.



Atualmente, o Porto de Peiú é administrado por uma filha de Pedro Scopel, Fabiana Scopel Tramontana, que pode ser destituída da presidência dos conselhos de administração da Peiú. Entre os pontos de pauta da assembleia, marcada originalmente para o dia 14 de setembro de 2012, estava a destituição de qualquer membro da atual direção ligada à família Scopel – caso de Fabiana – e a contratação de uma auditoria para desvios milionários na gestão do porto.



O empresário Otto Andrade denuncia a existência de irregularidades na atual administração. Ele alega que a atual gestão não realizou qualquer prestação de contas nos últimos seis anos e nem distribuiu dividendos aos sócios. Pelas contas do empresário, o rombo nas contas da Peiú já ultrapassaria a casa dos R$ 200 milhões desde o início do processo.



Na época da suspensão da liminar, o desembargador Ney Coutinho alegou que o mérito da questão, muito em função da relevância do processo, deveria ser apreciado por todos os membros da principal corte da Justiça estadual. Decisão que foi entendida como a mais indicada pelo empresário Otto Andrade: “Não será apenas um julgador, mas todos os desembargadores vão se manifestar sobre o processo”, declarou.

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