Terça, 14 Mai 2024

Estrutural Construtora vence licitação, mas não leva

Depois de faturar um contrato milionário com o governo, apesar de proibida de licitar com o poder público, a empresa Estrutural Construtora e Incorporadora acabou desclassificada de uma licitação no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-ES), por conta da mesma vedação. A empresa do primo de ex-governador Paulo Hartung (PMDB) havia vencido o certame para construção de uma ponte na região noroeste do Estado. 



O aviso da desclassificação foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (28). No texto, a presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) do órgão, Fernanda Leal Reis, indica que a empresa de Braulino Gomes violou o item do edital e ainda recebeu o parecer negativo da Procuradoria Jurídica do DER-ES. 



Chama atenção o fato de a empresa ter passado pela fase de habilitação do certame, no início do mês, sem enfrentar problemas, uma vez que já possuía as restrições desde o final de setembro, após a publicação das punições impostas pelo Instituto de Obras Públicas do Estado (Iopes). 



A empresa foi proibida de contratar com o poder público e até mesmo de participar de licitações. No entanto, as restrições não impediram que o próprio Iopes passasse por cima das punições para garantir o contrato de implantação da nova sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), avaliadas em R$ 5,76 milhões. O resultado daquela licitação foi homologado no final de outubro. 



No caso das obras do DER-ES, a empresa havia apresentado o menor preço para as obras de construção da ponte sobre o Rio Itaúnas, no trecho da ES-209, entre Montanha e Cristal (distrito do município de Pedro Canário). A proposta vencedora foi de R$ 2,84 milhões, porém, a empreitada deverá ser tocada pela segunda colocada, a RDJ Engenharia, que apresentou uma proposta mais de 20% maior (R$ 3,46 milhões). 



Segundo o edital do certame, o preço máximo estipulado para as obras foi de R$ 3,72 milhões. Também participaram da licitação as empresas A. Madeira Indústria e Comércio Ltda, Trena Terraplenagem e Construções S/A e Construtora Mattedi Ltda, esta última acabou sendo inabilitada pela comissão licitante.

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