Quinta, 02 Mai 2024

Justiça veta ???balcão de empregos??? da família Quinta em Presidente Kennedy

Justiça veta ???balcão de empregos??? da família Quinta em Presidente Kennedy

O juiz da comarca de Presidente Kennedy (litoral sul do Estado), Ronaldo Domingues de Almeida, negou nessa segunda-feira (25) o pedido da ex-secretária Geovana Quinta Costalonga pela revogação da proibição cautelar de ocupar qualquer cargo público. Na prática, a medida veda uma possível nomeação de Geovana na gestão da prima, a nova prefeita do município, Amanda Rangel Quinta (PTB).



Na decisão, o magistrado considera que o afastamento é um “importante instrumento de defesa da moralidade pública, ainda que cautelar”. O juiz Ronaldo Domingues citou o fato de Geovana ter acumulado três pastas importantes (Assistência Social, Educação e Habitação) na gestão do tio, o ex-prefeito cassado Reginaldo Quinta (PTB), principal cabo eleitoral de Amanda e que também está proibido de participar da nova gestão kennedense. 



Na mesma decisão, o juiz também manteve a indisponibilidade de R$ 9,44 milhões em bens da empresa Emec Obras e Serviços Ltda, investigada por supostas fraudes em contratos no município. 



O juiz Ronaldo Domingues também concedeu o prazo de 30 dias para a prefeitura cumprir a medida liminar, expedida em outubro do ano passado, para que se abstenha de efetuar pagamentos de créditos a qualquer um dos denunciados na Operação Lee Oswald – com exceção das verbas de natureza alimentícia, como salários e pensões. Esses valores deverão ser depositados em juízo enquanto durar o processo, de acordo com o magistrado. 



Denúncia 



O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou, ao todo, 55 réus – entre agentes políticos, servidores públicos, empresários, supostos laranjas e pessoas jurídicas. De acordo com as investigações, as fraudes em licitações e contratos podem ter chegado a R$ 55 milhões em pelo menos 21 vínculos na prefeitura de Presidente Kennedy.



Além do ex-prefeito Reginaldo Quinta e da sobrinha Geovana Quinta, foram denunciados o ex-procurador do município Constâncio Borges Brandão; os ex-secretários Márcio Roberto Alves da Silva, Juliana Bahiense Fontão Cruz e Flávio Jordão da Silva; os ex-servidores Alexandre Pinheiro Bastos, Pedro Augusto Marques Magnago e Edino Luiz Rainha; os vereadores afastados Clarindo de Oliveira Fernandes (PDT); Dorlei Fontão da Cruz (PV); Manoel José Abreu Alves, o Brejeiro (PTB), e Vera Lúcia de Almeida Terra (PTB).



Além dos membros da comissão licitante, Jovane Cabral da Costa (pregoeiro do município), Maria Andressa Fonseca Silva, Silvia França de Almeida e Charlene Carvalho Sechin; os militares Fabrício da Silva Martins (ex-comandante da Guarda Municipal) e o soldado Wallas Bueno, e o advogado Pedro Josino Cordeiro.



Dentro do núcleo empresarial do esquema, foram denunciados: Jurandy Nogueira Junior, Fernando Ramos Passoni, Fábio Saad Junger, Joel Almeida Filho, José Carlos Jordão Gomes, Ely Monteiro Gomes, Samuel da Silva Moraes Junior, Ely Ângelo Jordão Gomes, José Augusto Galito, Diogo Nícole Fontana, Paulo César Santana Andrade, Paulo César Pessoa, Carlos Fernando Zaché, José Roberto da Rocha Monteiro, Rodrigo da Silva Zaché, Cláudio Ribeiro Barros, Alessandra Salomão Rodrigues, Sabrina da Silva Tesch, Juliana de Paula e Antônio Lydinei Gobbi.



Já entre as empresas denunciadas são: Matrix Serviços e Sistemas e Tecnologia Ltda-ME, Ensino Brasil Tecnologia Ltda-ME, Emec Obras e Serviços Ltda, M2 Consultoria e Serviços Ltda, JCJ Gomes ME, Petromax Comércio de Combustível Ltda-ME, EAJ Gomes Ltda, EM Gomes Atacadista, J.A Galito ME, PC Pessoa ME, Diogo N. Fontana ME, Excelência Representações e Prestadora de Serviços Ltda-EPP, Master Petro Serviços Industriais Ltda e Pulizie Itália Serviços Gerais Ltda.

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