Domingo, 05 Mai 2024

Operação Entre Irmãos desarticula grupo que desviava dízimo na Igreja Maranata

O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPES), deflagrou, nas primeiras horas desta segunda-feira (26), a Operação Entre Irmãos, com o objetivo de desarticular uma quadrilha acusada de desviar os recursos de dízimos em proveito particular na Igreja Cristã Maranata. Equipes da Polícia Militar estão cumprindo 12 mandados de busca e apreensão de documentos e computadores em vários locais da Grande Vitória, entre eles, na sede do Presbitério da Igreja em Vila Velha.  



De acordo com informações do MPES, a operação também busca a efetivação de ordens judiciais de afastamento e impedimento do acesso de toda a direção das áreas administrativas da Igreja Maranata. ???Possibilitando o trabalho do Ministério Público livre de obstáculos e ingerência dos eventuais envolvidos, sem impedir o livre exercício do culto religioso, o comando espiritual e o acesso aos templos???, explica a nota reproduzida no site da instituição. 



A Justiça também determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos e o sequestro de bens, ativos e valores supostamente desviados, visando ao resguardo e restituição à Igreja Maranata e aos cofres públicos. Participam da operação quatro membros do Ministério Público, com o auxílio de 72 policiais militares do Batalhão de Missões Especiais (BME). 



As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, após o recolhimento de provas e indícios do envolvimento de membros da cúpula da Igreja Maranata em desvio de dinheiro do dízimo. Foram encontrados pagamentos justificados por notas fiscais ilícitas, emitidas por fornecedores supostamente participantes do esquema, que promoviam a saída irregular de caixa e de recursos da Igreja. 



Existe também a suspeita de outras irregularidades, que vão desde a utilização de policiais para segurança de membros e templos, à contratação de serviços superfaturados e desvios de emendas parlamentares destinadas à fundação vinculada à Igreja Maranata. 



Segundo informações do MPES, o próximo passo da investigação será a análise de todo material recolhido durante a operação, além dos depoimentos de investigados e testemunhas que serão colhidos nos próximos meses. Os crimes investigados estão previstos nos artigos 171 (estelionato), 288 (formação de quadrilha), 299 (falsidade ideológica), 332 (tráfico de influência) todos do Código Penal e no artigo 2º da Lei 9.613/1998 (lavagem de dinheiro). 

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Comentários: 1

Yone em Sexta, 25 Dezembro 2020 15:09

Muitas denominações deixando os membros sem socorro nesta pandemia.

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