Sábado, 04 Mai 2024

Prefeito Juninho mantém na equipe advogado que responde por fraudes

Prefeito Juninho mantém na equipe advogado que responde por fraudes

O novo prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), está mantendo o ex-presidente do Banestes, Paulo Roberto Mendonça França, como diretor administrativo e financeiro da Companhia de Desenvolvimento do município (CDC). O advogado é alvo de uma ação penal por fraudes na gestão de massas falidas.  Apesar das mudanças promovidas no comando da pasta – que é uma sociedade de economia mista –, o advogado segue na nova administração.



Desde abril do ano passado, o ex-presidente do banco atua na direção da Companhia por nomeação do Conselho, que era presidido pelo atual diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas (Aderes), Pedro Gilson Rigo. Mesmo com a mudança no comando da companhia, Paulo França estaria sendo mantido por influência do ex-dirigente.



Fontes dos meios políticos relatam que, apesar de ter um escritório de advocacia de grande porte, o ex-presidente do Banestes teria contado com o apoio de empresários – levados por ele até o gabinete do novo prefeito Juninho – para se garantir na direção da CDC, que é uma empresa voltada à realização de parcerias, projetos e execução de ações que tenham por objetivo o desenvolvimento social e econômico de Cariacica.



Nem mesmo os problemas na Justiça teriam sido levados em conta para a permanência de Paulo França na gestão do novo diretor-presidente, o pastor e advogado Carlos Renato Oliveira Alves – nomeado por Juninho. O ex-presidente do Banestes responde a uma ação penal na Justiça pela acusação de fraudes milionárias na gestão de massas falidas, entre elas, da HSU Comercial Ltda (Eletrônicas Yung) e da Adec (administradora de consórcios).



Em setembro de 2011, o então titular da Vara de Falências da Capital, juiz Ademar João Bermond, considerou a conduta de Paulo França no interesse das massas falidas como “altamente temerária”. Baseado no relatório de uma auditoria independente realizada nas contas das falências, o juiz indicou a possibilidade de fraudes que poderiam ultrapassar R$ 4 milhões.



Entre os indícios citados pelo juiz estavam a não comprovação de pagamentos de honorários, utilização de documentos sem idoneidade para comprovar despesas e a emissão de cheques nominais da massa falida sacados na boca do caixa. Na época, o ex-presidente do Banestes negou as acusações e afirmou que todas as prestações de contas, ao longo de doze anos, foram aprovadas pelo juízo e Ministério Público, sem qualquer impugnação por parte dos credores e falidos.



Mesmo assim, a permanência de Paulo França está sendo considerada como um novo teste para o prefeito eleito e a novo comando da CDC. Está prevista para as próximas semanas, a realização de uma assembleia geral para confirmar o nome do consultor imobiliário José Luiz Kfuri, como novo presidente do Conselho. A pauta do encontro ainda não foi revelada, mas pode ser avaliada a situação do atual diretor financeiro.

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Domingo, 05 Mai 2024

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