Quarta, 15 Mai 2024

Santa Terezinha: disputa entre sócios provocou ???concordata???

A disputa judicial entre os dois antigos sócios da Casas Santa Terezinha Tecidos Ltda, que se arrastou por mais de uma década, foi o estopim da crise financeira vivida pela tradicional empresa do comércio varejista capixaba. Esse fato é narrado nos autos do processo de recuperação judicial (‘concordata’), que já foi deferido pelo juízo da Vara de Falências da Capital. As dívidas da empresa com credores giram em torno de R$ 9,58 milhões. 



De acordo com edital de credores publicado nesta semana, os advogados da empresa indicam que as dificuldades financeiras no negócio se iniciaram no período de transição do Plano Real, quando teve início a disputa entre os sócios da Casas Santa Terezinha. Segundo o relato, a Justiça chegou a conceder uma liminar em favor do ex-sócio, fato que teria causado “danos imensuráveis” aos negócios. 



Mesmo com as dificuldades financeiras, o representante da Casas Santa Terezinha alega que a empresa conseguiu abrir 14 lojas em todo Estado para justificar o pedido de recuperação judicial. “[Na busca de] uma solução definitiva para a readequação de suas contas, viabilizando o pagamento de seus credores, mas assegurando a continuidade de suas atividades, preservando os postos de trabalho que gera”, narra um dos trechos do texto assinado pelo juiz Camilo José D'Ávila Couto. 



No plano de recuperação apresentado pela empresa, as dívidas da Casas Santa Terezinha são próximas de R$ 9,58 milhões. Deste total, a maior parte desses créditos (R$ 9.565.815,91) são simples, os chamados “créditos quirografários” (quando o credor não possui qualquer tipo de garantia). As principais fontes dos créditos são empréstimos em aberto (R$ 5.865.619,05) e dívidas com fornecedores (R$ 3.697.832,19). A outra parte das dívidas é relativa aos créditos trabalhistas, no valor total de R$ R$ 19.357,13. 



Na decisão que deferiu o processamento da ação, o juiz nomeou o contador Jerry Edwin Ricaldi Rocha o administrador judicial da Casas Santa Terezinha. A Justiça também determinou a suspensão de todas as obrigações ou execuções contra a empresa, assim como a extinção de qualquer restrição de crédito imposta à empresa e aos sócios administradores, a partir do dia 15 de junho deste ano – data de ajuizamento do processo. 



História 



A empresa foi fundada na década de 1920, na região próxima a Dores do Rio Preto e Guaçui (região Caparaó), com o nome de ”Bazar Yara”. Em julho de 1943, o negócio foi registrado na Junta Comercial de Alegre pelos irmãos Kleber José de Andrade e Antônio Andrade Junior, ganhando o nome fantasia de Casas Santa Terezinha. 



Mais tarde, na década de 60, a razão social mudou-se definitivamente para Casas Santa Terezinha Tecidos Ltda, pouco antes da expansão da empresa até Vitória, no final da década de 1970.  Atualmente, a Casas Santa Terezinha conta com 14 lojas na Grande Vitória e no interior do Estado, de acordo com informações colhidas no site da empresa.

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