Quinta, 02 Mai 2024

TJES concede liberdade a militante do PT preso em bloqueio bolsonarista

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Depois de passar 19 dias na Penitenciária de Linhares, no norte do Estado, o eletrotécnico aposentado Francisco Emmanuel Soares dos Santos, o Chico Linhares, 65 anos, recebeu liminar favorável nesta quinta-feira (24), no julgamento do habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

Ele usará tornozeleira eletrônica e deverá cumprir outras obrigações, como não frequentar bares à noite, até o julgamento definitivo da acusação de tentativa de homicídio.

Os advogados tentam acelerar a adoção dos trâmites legais nesta quinta, a fim de que Chico saia da cadeia o mais rápido possível. Para tanto, lutam contra o tempo, em decorrência da alteração do expediente nos órgãos públicos devido ao jogo Brasil e Sérvia na Copa do Mundo.

Militante do PT conhecido na cidade, Chico Linhares foi preso no último dia 5, ao furar um bloqueio de via pública organizado por grupos bolsonaristas, em ocorrência conduzida pelo policial militar Rodrigo Bonadiman, o cabo Bonadiman, apoiador de Jair Bolsonaro e candidato derrotado a deputado federal pelo PL nas últimas eleições.

O ato, apontado pela defesa como arbitrário e equivocado, movimentou lideranças políticas do partido, sindicatos e centrais sindicais, que consideram a prisão uma ação política e se manifestaram por meio de notas públicas.

Para os advogados de Chico, Homero Mafra, Alciene Marias Rosa e Renan Nogueira, os "policiais militares foram ao local, arrolaram testemunhas, supostas vítimas, e confeccionaram um Boletim Unificado (BU), no qual a ação de Chico ao volante foi caracterizada como tentativa de homicídio, embora não haja pessoas feridas nem o carro apresente amassados na lataria ou outro local".

A advogada Alciene Maria Rosa afirma que a prisão se Chico é "injusta, cometida por baderneiros bolsonaristas, e não há nenhuma evidência do que ele está sendo acusado". Ela condena os bloqueios, que tiveram Linhares como um dos pontos do Espírito Santo onde mais ocorreram os atos, considerados ilegais e contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

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