Terça, 14 Mai 2024

Sem diálogo com grevistas, Assembleia aprova plano de cargos e carreiras do Idaf

Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa (Ales), os deputados estaduais aprovaram o novo plano de cargos e carreiras do Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf), Projeto de Lei Complementar nº 27/2013, proposto pelo governador Renato Casagrande.
 
O comando de greve do Idaf está descontente com a decisão, mas a proposta foi acatada pela crença de que os canais de comunicação com o governo estarão abertos e o diálogo será mais amplo.
 
Pela nova lei, pequenos benefícios serão concedidos a uma parcela pequena dos funcionários. Ainda assim, a insatisfação entre os funcionários é grande. “Mais uma vez, a proposta foi aprovada sem diálogo”, protesta Emanuel Maretto Effgen, da comissão de greve do Idaf. Ele considera que o governador ignorou a particularidade dos servidores ao passá-los de analistas a agentes, e não a fiscais, como era a proposta dos grevistas.
 
“Apenas oito estados no país não reconhecem o fiscal como cargo público, e o Espírito Santo é um deles. Pela falta de diálogo, o Estado está ficando atrasado”. Emanuel acrescenta que, pela nova lei, daqui a 35 anos, caso não haja a ascensão permitida por conta da elevação do nível de escolaridade, o salário dos servidores será o mesmo.
 
As reivindicações dos grevistas já foram levadas a uma reunião com o secretário Aminthas Loureiro Júnior, da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e, segundo Janil Ferreira, também do comando de greve, a expectativa é de que seja aberta uma nova fase de discussões.
 
Na próxima segunda-feira (3), o comando de greve se reunirá para discutir os próximos passos das reivindicações, e no próximo dia 12 de junho haverá uma reunião entre o comando de greve e os parlamentares, para discutir as propostas que ainda não foram atendidas e a possível volta das reivindicações à pauta. A categoria está em greve desde o início deste mês.
 
 
Outras categorias
 
Os Projetos de Lei Complementar nº 28/2013 e 26/2013, que reorganizam os cargos e carreiras dos servidores efetivos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), foram votados e aprovados nessa segunda-feira (27).
 
As propostas são de autoria do Executivo e estabelece remunerações por subsídios aos funcionários dos institutos. Isso significa que gratificações e outros benefícios (como vale transporte e tíquete alimentação) são agregados ao salário. Dessa forma, o reajuste dá uma falsa ideia de ganho real, uma vez que o aumento de tarifas e outros serviços costuma ser superior.
 
 
Aumento
 
Já a proposta de reajuste salarial de 4%, oferecida pelo governo aos servidores estaduais será votada nesta quarta-feira (29). Ela enfrenta grande oposição por parte dos trabalhadores de vários sindicatos dos servidores estaduais, como o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos).
 
Os servidores não recebem um reajuste igual ou superior à taxa inflacionária desde o ano de 2003. As perdas salariais já chegam a 60,59%. Além do reajuste - que segundo o Sindipúblicos, se feito a partir do mês de junho, deveria ser de 7,57% - os servidores querem o estabelecimento de uma data base para os reajustes anuais (que no ano passado, por exemplo, foram realizados em março).
 
Os deputados José Esmeraldo (PR), Marcos Mansur (PSDB), Janete de Sá (MD) e Eustáquio de Freitas (PSB) prometeram apoio às reivindicações salariais dos servidores.

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