Domingo, 28 Abril 2024

Superintendente garante vistorias e MST desocupa Incra

Os militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) desocuparam, na manhã desta segunda-feira (21), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Torquato, Vila Velha, onde estavam acampados desde a última terça-feira (15).
 
A desocupação se deu após as discussões feitas durante o fim de semana com o superintendente do órgão, José Cândido Rezende, que expôs a situação financeira do Incra e disse que só havia condições de fazer uma vistoria pleiteada pelos sem-terras.
 
Segundo Roberto Reis, da direção estadual do MST, o superintendente esteve disposto a abrir o diálogo e não parecia querer efetivar a reintegração de posse, como havia sido anunciado na última sexta-feira (18). Assim, foi possível que houvesse uma reunião entre os militantes e funcionários responsáveis.



Os militantes, então, decidiram que o trabalho deverá ser feito primeiramente nas fazendas São Mateus (pertencente ao Grupo Simão), Boa Vista e Casa de Tábua, localizadas em Ecoporanga, norte e noroeste do Estado, por serem ocupadas por mais tempo pelos acampados. Ficou para o primeiro semestre de 2014 a vistoria das seis áreas do município de Água Doce do Norte, que foram identificadas pelos militantes do acampamento Olga Benário.
 
Na sexta-feira (18), eles haviam prometido manter a ocupação até esta segunda, quando haveria a oficialização de um pedido de reintegração de posse feito pelo superintendente ao Ministério Público Federal (MPF-ES). Entretanto, no sábado (19), o superintendente procurou as lideranças do MST no local e propôs a negociação, que foi feita em assembleia com todos os ocupantes no domingo (20).
 
Os militantes já voltaram ao seu ponto de partida inicial, em Ecoporanga, e prometem voltar caso os acordos não saiam como o esperado. Dessa forma, não haverá, por enquanto, programação de protestos nesta semana em Vitória.
 
Cerca de 160 militantes ocuparam inicialmente a sede do Incra, em apoio à Jornada Nacional realizada em conjunto com outros movimentos sociais do campo, como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que teve uma extensa agenda de mobilizações e reuniões durante os três primeiros dias da semana passada na Capital.
 
Na sexta-feira, os militantes tiveram as respostas efetivas que esperavam sobre os processos de reforma agrária em tramitação no Estado. O MPF prometeu acionar a Justiça Federal de São Mateus, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim para resolver as questões pendentes nessas regiões. Com uma data definida, o MST será chamado para as audiências que julgarão os casos da fazenda Lambari, em Guaçuí; da fazenda Santa Maria, em Presidente Kennedy; e da revisão dos processos das terras requeridas pelo movimento nos municípios de São Mateus e Colatina. 

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