Segunda, 29 Abril 2024

Assembleia mantém silêncio sobre CPI do posto fiscal

Assembleia mantém silêncio sobre CPI do posto fiscal

Os deputados estaduais estão apostando no esquecimento para evitar a implantação de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar as denúncias de improbidade administrativa no governo Paulo Hartung na construção de um posto fiscal em Mimoso do Sul, que apesar de consumir R$ 25 milhões não saiu da fase de terraplanagem.



A CPI foi proposta pelo deputado Gilsinho Lopes (PR), que disse ter conseguido oito das 10 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de investigação. Mas nos corredores da Assembleia a informação é de que os deputados foram pressionados pelo governo do Estado e por emissários do ex-governador Paulo Hartung para que o número mínimo de assinaturas não fosse alcançado.



Nas sessões desta semana, o deputado Euclério Sampaio (PDT) fez um discurso falando sobre a necessidade da investigação e de a Assembleia não se posicionar de forma omissa em relação ao caso. O deputado destacou que a Casa aprovou a criação de uma CPI para apurar o serviço inadequado das operadoras de telefonia celular, um trabalho que compete à Agência Nacional de Telefonia (Anatel), mas que a CPI do "posto fantasma" é de competência da Casa apurar e não sai do papel.



Os comentários no plenário são de que muitos parlamentares estariam dispostos a assinar a instalação da CPI sobre as denúncias referentes ao posto, mas como fazem parte da base do governador Renato Casagrande, que vem protegendo o antecessor das denúncias, estão sofrendo pressão externa para evitar o início dos trabalhos.



Outros, por terem sido eleitos em 2010 com o apoio do ex-governador, também não querem se comprometer com o tema. Outro fator que influencia no silêncio dos deputados sobre o assunto é de que a denúncia atinge uma empreiteira, a Arariboia, que é financiadora de campanha. Como os deputados estarão em campanha por reeleição no próximo ano, temem que os recursos não apareçam para financiar suas candidaturas.

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