Desde o retorno dos deputados estaduais aos trabalhos depois do recesso do meio do ano, a crítica pela baixa produtividade no plenário é grande. Mas com um terço da casa disputando as eleições nos municípios e o restante apoiando aliados, o nível de produção chega quase a zero no mês de setembro, fase mais crítica das eleições Estado afora.
Desde o início do mês os deputados não têm mantido o quórum mínimo para a votação e o único destaque relevante até aqui foi a aprovação da urgência do projeto de lei do deputado Euclério Sampaio (PDT) para a implantação de telas de segurança na Terceira Ponte, para reduzir o índice de suicídios no local.
Como tem se tornado hábito na Casa, a sessão desta quarta-feira (21), pela manhã destinou boa parte do tempo a oradores de fora da Assembleia, parte do tempo foi ocupado por um representante do sindicato dos cegonheiros do Estado e outra pelo subsecretário de Cultura, José Roberto Santos Neves. Votação mesmo, não teve.
Enquanto isso, a pauta, que já acumula 47 itens permanece trancada, sendo encabeçada por seis vetos, que estão vencidos desde o início do mês. Até o governo do Estado está com dificuldades em emplacar suas matérias. Com o líder do governo Gildevan Fernandes (PMDB), tentando eleger o cunhado em Pinheiros e o vice-líder, Erick Musso (PMDB) disputando a prefeitura de Aracruz, não há quem defenda as matérias palacianas e consiga segurar o quórum no plenário.
Além de Musso, também disputam as eleições municipais: Amaro Neto (SD), em Vitória; Almir Vieira (PRP), em Anchieta; Cacau Lorenzoni (PP), em Marechal Floriano; Edson Magalhães (PSD), em Guarapari; Eliana Dadalto (PTC) e Guerino Zanon (PMDB), em Linhares; Freitas (PSB), em São Mateus; Marcelo Santos (PMDB) e Marcos Bruno (Rede), em Cariacica; Marcos Mansur (PSDB), Em Cachoeiro de Itapemirim e Rafael Favatto, em Vila Velha.