Candidatos a presidente do PT de Vitória não farão debate no segundo turno

A expectativa de um embate entre os candidatos a presidente do PT de Vitória não vai se concretizar. A Executiva estadual do partido deveria ter definido uma data para o debate entre os candidatos que disputam o diretório da Capital. A data deveria ser decidida esta semana, mas como o tempo entre uma votação e outra é muito curto, não haverá debate. O segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) será neste domingo (24). O diretório de Vitória é o único onde haverá segundo turno.

 

A votação será apenas para presidente e vai acontecer de 9h às 17h na Câmara de Vitória. Podem votar nesta segunda etapa todos os filiados aptos no primeiro turno que vão escolher entre o secretário de Turismo do Estado, Alexandre Passos e o professor Max Dias, membro da juventude do partido. 

 

O primeiro turno da eleição interna do PT aconteceu no último dia 10 e três chapas concorreram à presidência do PT da Capital. Além de Alexandre Passos e Max Dias, o ex-vereador Zé Carlinhos também concorreu. A expectativa era de que Passos vencesse sem dificuldades, mas o professor Max Dias surpreendeu levando a disputa para a nova etapa. 

 

O PT de Vitória tem 1,2 mil filiados, mas pouco mais de 500 militantes foram votar. Os dois candidatos correm agora contra o tempo para conquistar o voto dos eleitores que não compareceram às urnas no último dia 10 para superar o adversário. 

 

Para a militância, Alexandre Passos representa a continuidade do perfil pragmático adotado no PT capixaba, que garantiu a ocupação de espaços em várias esferas de poder. O secretário de Turismo tem o apoio do ex-prefeito de Vitória, João Coser, presidente do partido no Estado, eleito no último dia 10. Para o grupo de Coser, que quer a candidatura ao senado e articula o apoio do partido a uma candidatura do PMDB ao governo, de preferência capitaneada pelo ex-governador Paulo Hartung, vencer no diretório de Vitória é primordial. 

 

Já a candidatura de Max Dias representa um voto de protesto por parte dos muitos descontentes no partido com os caminhos tomados pelo PT no Estado na última década. Conhecido da juventude, Max também atrai o voto da militância que prega a reaproximação do partido com suas origens, o atendimento dos interesses dos movimentos sociais e a proposição de uma gestão mais democrática no partido.