Casagrande tenta estancar crise entre Assembleia e Palácio Anchieta
O governador Renato Casagrande (PSB) colocou em campo o secretário-chefe da Casa Civil Luiz Carlos Ciciliotti para tentar apagar o incêndio entre os deputados estaduais e os secretários de governo. Os parlamentares vêm se queixando de falta de atenção por parte da equipe do governador.
Um sintoma do aprofundamento da crise foi a adesão ao discurso crítico por parte da deputada Luzia Toledo (PMDB), conhecida pelo perfil pacificador, engrossou o coro dos descontentes.
Para os observadores do processo, a crise entre Executivo e Legislativo se acirra na medida em que os deputados estaduais vêm se sentindo fragilizados em relação ao processo eleitoral do próximo ano. Com mandato na Casa e uma série de desgastes, restrições eleitorais e pressões de candidaturas externas, os deputados se sentem pressionados.
Os parlamentares se sentem em desvantagem em comparação com os membros da equipe de Casagrande que estão cotados para disputar a eleição do próximo ano, seja para a Câmara dos Deputados ou para a Assembleia Legislativa. A chamada dobradinha de federal e estadual está deixando de lado os deputados estaduais.
O primeiro a se movimentar foi o vice-governador Givaldo Vieira (PT), que durante a campanha eleitoral do ano passado ganhou visibilidade e força política em todo o Estado. Candidato a federal, ele deve priorizar as parcerias com os candidatos do partido à Assembleia.
Outro que deve seguir o mesmo caminho é o secretário de Ação Social e Direitos Humanos, Helder Salomão, que também disputará uma vaga na Câmara. Outro nome forte, que também vem costurando dobradinhas que não agradam os deputados estaduais, é o secretário de Esportes Vandinho Leite (PR), que também que montar uma dobradinha para buscar uma cadeira na Câmara.
Os deputados também se sentem em desvantagem contra nomes cotados para disputar a Assembleia Legislativa, como o secretário de Saúde Tadeu Marino; o secretário de Ciência e Tecnologia, Jadir Pela e o assessor especial do governador Renato Casagrande, Rafael Boudens.
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