Segunda, 29 Abril 2024

Com a unanimidade ameaçada, clima entre lideranças é tenso

Com a unanimidade ameaçada, clima entre lideranças é tenso

A reunião do PMDB da última sexta-feira (28) e o episódio da frieza no encontro entre o senador Ricardo Ferraço e o ex-governador Paulo Hartung revela o clima de tensão que se estabeleceu dentro do partido a partir da possibilidade de uma manobra que mais uma vez tira o senador do jogo sucessório do Estado. Em 2010, Ricardo também foi sacado da disputa ao Palácio Anchieta na última hora para dar lugar ao então candidato do PSB, Renato Casagrande.



Os movimentos do peemedebista indicam um descontentamento, embora as lideranças se esforcem em manter uma aparência de tranquilidade no processo. Mas há influências internas e externas que mostram que a possibilidade cada vez mais real de haver um racha na unanimidade está deixando o clima entre as lideranças do Estado bem pesado.



Ricardo tem dito a interlocutores que não estará em um palanque de apoio à reeleição de Dilma Rousseff, como se desenha um palanque puxado por Hartung para a campanha da presidente, a tendência é de que o senador se afaste cada vez mais de seu grupo.



Recentemente, a aproximação entre o senador e o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que já declarou apoio ao presidenciável socialista, Eduardo Campos, é um forte indício desta tendência.  No Senado, o peemedebista tem assumido uma postura independente que atende ao interesse do PMDB em pressionar o governo federal por mais espaço do partido nos ministérios e nas discussões de palanques importantes para o partido no País.



O governador Renato Casagrande é outro que vem demonstrando forte irritação com os movimentos de bastidores contra seu palanque de reeleição. Irritação que pode atrair também a aproximação de Ricardo Ferraço para seu grupo. Isso porque, uma vez reeleito, Casagrande estará fora da disputa em 2018, abrindo o caminho para Ricardo Ferraço. Num cenário com Hartung governador, o senador teria que esquecer do seu plano de virar governador pelos próximos oitos anos. Ele sabe que Hartung entraria para fazer dois mandatos novamente.



Audifax Barcelos (PSB), prefeito da Serra – que vinha sendo apontado nos meios políticos como um possível sucessor de Casagrande, por ser do mesmo partido e ter apresentado um desempenho eleitoral que o qualificava como postulante ao cargo –, não atravessa um momento na Serra. Havia uma expectativa muito grande pata o primeiro ano de mandato que não se confirmou. Resultado, o prefeito do PSB enfrenta uma queda de prestígio político. Isso deixa a vaga à sucessão em 2018 em aberto, além de atrair as lideranças interessadas no cargo, como é o caso do senador Ricardo Ferraço, que ainda tem a própria vaga de senador para negociar em 2018 com Renato Casagrande.

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