Com aprovação de restrições à criação da Rede, PSDB é mais atraente para Balestrassi
Depois de uma longa batalha entre base e oposição, que durou mais de 12 horas, a Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (17) o Projeto de Lei 4470/12 do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), de restrições a surgimento de novos partidos, o que atinge em cheio a Rede Sustentabilidade, da presidenciável Marina Silva.
No Estado, as lideranças que se movimentam para viabilizar o partido devem repensar seus posicionamentos para a eleição do próximo ano. Os olhos da classe política agora se voltam para a movimentação do presidente do Bandes, Guerino Balestrassi.
Ele é um dos principais coordenadores do movimento pela criação da Rede no Estado, mas diante da decisão que tira tempo de TV e recursos do fundo partidário do novo partido, a tendência é de que a aproximação do movimento com o PSDB, crie uma rota alternativa para Balestrassi.
Balestrassi, que tem perfil municipalista, atuou na campanha passada como agente político, fortalecendo candidaturas a prefeito de vários aliados. À frente do Bandes ele também estreitou essas relações, o que o credencia para uma disputa a deputado federal ou até mesmo arriscar uma candidatura ao Senado.
Já o PSDB precisa de um reforço em sua chapa proporcional para o próximo ano. Além da reeleição de César Colnago para a Câmara, o partido tenta convencer os ex-prefeitos de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas; e de Vila Velha, Max Filho, a disputarem a eleição para federal. Mas os dois tucanos ambos estariam mais interessados numa vaga na Assembleia.
No caso de Max Filho porque a disputa a uma vaga na Assembleia parece mais ajustada à sua estatura política atual, uma vez que ele está sem mandato desde 2008. Luiz Paulo, que precisa consolidar os vínculos com o Estado, precisa permanecer em terras capixabas. Quanto mais próximo, mais permanece no mercado local, enquanto se credencia para a disputa de Vitória em 2016.
No PSDB, Balestrassi entraria já como uma liderança forte e com estofo para escolher o caminho eleitoral do próximo ano. O PSDB já havia aberto as portas para o presidente do Bandes antes da decisão de Brasília e a tendência é de que se não caminharem coligados, Balestrassi deve mesmo efetivar sua chegada ao ninho tucano.
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