Sábado, 04 Mai 2024

Deputados do interior se beneficiam com marca do governo Casagrande

Deputados do interior se beneficiam com marca do governo Casagrande
O perfil interiorano que o governo Renato Casagrande aos poucos vem ganhando nesta segunda metade de seu mandato explica o motivo pelo qual os deputados estaduais querem permanecer na base do socialista, independentemente dos projetos de seus partidos. 
 
Dos 30 deputados estaduais que compõem o plenário, 14 são oriundos de municípios do interior e alguns da Grande Vitória. Todos eles ampliaram suas bases em busca de votos fora da região metropolitana.
 
Com uma agenda de interior lotada e com o cofre cheio de recursos para os municípios, posar para a foto ao lado de Casagrande no interior do Estado pode render votos na região de cada deputado. Por isso, a briga dos deputados é para não ficar para trás nas viagens de Casagrande. 
 
Nos últimos meses o governador tem intensificado sua agenda pelo interior, com entrega de obras, equipamentos, ordens de serviço. Tudo vem acompanhado de atos públicos que geram visibilidade. Embora a relação de Casagrande e dos deputados não seja a melhor do mundo desde o início do mandato, o fato de ele ter a caneta na mão atrai as lideranças para seu palanque. 
 
Neste sentido, as rebeliões que na Assembleia têm sido vistas como motim, na verdade, revelam uma briga por espaço, pelo privilégio de circular o Estado ao lado do governador. Como a eleição proporcional do próximo ano desenha um cenário de disputa acirrada entre os atuais deputados e as lideranças que estão fora da Casa, uma vitrine nas bases pode ser fundamental para definir o voto. 
 
O problema é que muitas bases são compartilhadas por deputados com mandato, interessados nas cadeiras da Assembleia e prefeitos que também têm interesse em eleger seus aliados para o Legislativo no próximo ano. Com uma base muito grande, Casagrande precisa tentar harmonizar todos esses interesses. 
 
A entrada do ex-governador Paulo Hartung na disputa para o governo do Estado pode levar a uma fragmentação dessa base, dividindo as lideranças, mas por enquanto, os parlamentares preferem não trocar o certo pelo duvidoso e isso inclui até mesmo os deputados do PMDB e do PT, partidos que estariam costurando com pontos fortes a aliança para a majoritária em torno de Hartung para o ano que vem. 
 
As lideranças lidam, hoje, com esse dilema: ou permanecem na base de Casagrande, que pode não contemplar a todos os interessados em permanecer em seu grupo, ou migram para o palanque de Hartung, que não é mais tão forte quanto outrora. 

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