Segunda, 06 Mai 2024

Deputados tentam driblar pressão para emplacar CPI do 'posto fantasma' na Ales

Deputados tentam driblar pressão para emplacar CPI do 'posto fantasma' na Ales

O deputado Gilsinho Lopes (PR) segue em sua peregrinação pelo plenário da Assembleia Legislativa em busca de 10 assinaturas para  protocolar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que teria a missão de investigar irregularidades nas obras do posto fiscal em Mimoso do Sul, que não saiu da fase de terrraplanagem e consumiu cerca de R$ 25 milhões dos cofres públicos. A obra é alvo de uma denúncia de improbidade administrativa contra o ex-governador Paulo Hartung.



O parlamentar, porém, tem encontrado dificuldade devido ao clima pesado no plenário da Casa, que vem sofrendo com pressões internas. Na sessão desta quarta-feira (27), Gilson Lopes foi à tribuna da Assembleia para mais uma vez cobrar dos colegas de plenário o compromisso com a fiscalização dos atos do Executivo.



Gilsinho disse estar conversando com cada um dos colegas para tentar completar o número mínimo de assinaturas para protocolar a CPI. O deputado precisa de 10 nomes e teria seis. Na Assembleia o clima entre os deputados divide opiniões. Para alguns parlamentares, a CPI seria necessária porque há indícios de corrupção e caso o Legislativo se omita no assunto, vai acabar sendo responsabilizado por omissão.



Mas há também os deputados que não estariam dispostos a entrar em rota de colisão com o ex-governador Paulo Hartung. Nos bastidores, os comentários na Assembleia são de que haveria uma pressão para que os parlamentares defendam o ex-governador, algo considerado de alto risco já que em 2014 os deputados estarão disputando a reeleição.



Além de emissários de Hartung, os deputados também estariam sofrendo pressão palaciana. Com receio de que a CPI pode atingir o governo Renato Casagrande, haveria recados do Palácio para tentar evitar o início das apurações no Legislativo. 



Apesar da pressão, a expectativa é de que se consiga 14 assinaturas no documento. Um problema que vem sendo discutido também nos bastidores é o fato de empreiteiras ligadas ao escândalo terem financiado a campanha de agentes políticos interessados em barrar a CPI.

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