Segunda, 06 Mai 2024

Disputa acirrada por vaga na Assembleia torna tenso o clima entre deputados nas bases

Disputa acirrada por vaga na Assembleia torna tenso o clima entre deputados nas bases
O plenário da Assembleia reflete uma sensação de tranquilidade e boa relação entre os deputados estaduais. Mas com o início do processo eleitoral no segundo semestre deste ano, o clima entre os parlamentares, pelo menos em suas bases, não deve ser nada amistoso, já que a expectativa é de que na disputa proporcional, a eleição seja acirrada, devido à pulverização dos votos e a incerteza em relação às expectativas dos eleitores no cenário de pressão popular que vive o País, alavancado pelas manifestações de 2013. 
 
Vários deputados vão enfrentar colegas de plenário em seus municípios, deixando a disputa bem mais acirrada do que em 2010. No sul do Estado, o município de Cachoeiro de Itapemirim, que elegeu dois parlamentares – Theodorico Ferraço (DEM) e Glauber Coelho (PSB) – este ano terá mais dois deputados disputando a permanência na Casa para o próximo ano: Rodrigo Coelho (PT) e Marcos Mansur (PSDB). 
 
Os dois ficaram nas suplências de suas coligações na eleição passada, mas agora com mandato na mão, têm outro peso eleitoral e deixam o município dividido. Por isso a estratégia é buscar ampliar suas bases para outros municípios da região e fazer dobradinhas com candidatos a deputado federal para se manter no jogo. 
 
O clima promete esquentar e Ferraço já alfinetou Glauber, que chegou à Assembleia como admirador do demista, disputou a eleição para prefeito com o apoio de Ferraço e agora é adversário. Rodrigo e Mansur devem repetir a polarização nacional de seus partidos. 
 
No norte do Estado, a disputa entre Freitas (PSB) e Paulo Roberto (PMDB), em São Mateus, vai além da disputa proporcional. Os dois duelam na Assembleia na defesa do palanque de seus candidatos ao governo - Renato Casagrande, pelo PSB, e Paulo Hartung, pelo PMDB. Freitas, porém, tem vantagem sobre Paulo Roberto, que entrou na Assembleia em  2013 pela suplência. Além disso, a chapa com nada menos que sete deputados do PMDB, compromete seriamente a reeleição do peemedebista mateense.
 
Outro município que vai vivenciar a disputa de seus dois deputados estaduais é Colatina, no noroeste. Apesar de o PDT fazer planos para uma ocupação de vaga de vice, ou uma solução caso o ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal (PDT) não dispute a eleição de deputado federal, Josias Da Vitória deve disputar mesmo a tranquila reeleição para a Assembleia. 
 
Já o deputado Genivaldo Lievore (PT), às voltas com seu principal apoiador, o prefeito Leonardo Deptulski (PT) em baixa; e com a incerteza do apoio do bispo emérito da região Dom Décio Sossai Zandonade, que deve diminuir o ritmo de sua atuação política, depois da “aposentadoria” da igreja, terá dificuldades em repetir o desempenho eleitoral. 
 
Linhares também tem disputa por votos de deputado estadual, mas o grande problema dos parlamentares em manterem suas vagas não está no plenário e sim, fora dele. A eleição tida nos meios políticos como certa de Guerino Zanon (PMDB). O ex-prefeito é o fantasma que ronda a matemática dos três deputados que tem base no município. Entre eles, o mais tranquilo é Atayde Armani (DEM), que, embora ainda tenha votação no município, conta hoje com o reforço da comunidade pomerana de Santa Maria de Jetibá e região. A atuação à frente da Comissão de Agricultura da Casa também o deixa independente dos votos linharenses. 
 
Mas para o também ex-prefeito de Linhares e adversário de Zanon, José Carlos Elias (PTB), a manutenção de sua cadeira na Assembleia para a próxima legislatura é um desafio que vai depender muito da escolha da coligação que o deputado, que também é presidente do PTB capixaba, fará para a eleição proporcional. 
 
Outro que tem futuro incerto é o deputado Luiz Durão (PDT). Aliado do prefeito Nozinho Correia, também do PDT, pode ser atingido pelo desempenho aquém do esperado pelo eleitorado local do prefeito, embora muitas lideranças acreditem que o deputado tem voo próprio. Mas o parlamentar também entra nas negociações do PDT para a composição de vice e pode vir a não disputar a eleição proporcional. 

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