Ditadura militar é lembrada em evento de ‘descomemoração’ em Vitória
A frase "Ditadura nunca mais" é o refrão de eventos que serão realizados nesta quinta e sexta-feira (31 e 1º) em Vitória para "descomemorar" o golpe militar que há 58 anos instaurou a ditadura no Brasil, deixando um saldo de 430 pessoas desaparecidas, corrupção, censura, prisões ilegais, tortura e mortes. A iniciativa é do grupo Geração 68, formado por ex-presos políticos, vítimas de tortura e perseguidos durante o regime de terror que durou 21 anos.
O primeiro evento, nesta quinta, a partir das 18 horas, ocorrerá no Triplex da Resistência, na esquina da rua Sete de Setembro com a praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. Haverá a exibição do documentário "O Sol, Caminhando contra o vento", sobre a censura, com trilha sonora a cargo do Clube do Vinil, seguida de uma roda de conversa com a participação de pessoas que foram presas e torturadas.
Na sexta-feira (1º) o encontro "Mulheres que Resistem", tendo como convidada Ingrid Gianordolli, autora do livro "Mulheres e Militância: Encontros e desencontros durante a ditadura militar", e participação das ex-presas políticas Laura Coutinho e Angela Milanez, da militante Graça Andreata, e das vereadoras de Vitória Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT), com mediação de Fernanda Tardin, uma das organizadoras dos eventos, e Wilson Coelho, da militância progressista. A transmissão será pelo Zoom e Facebook.
A "descomemoração" pretende não apenas lembrar o período obscuro da ditadura, mas alertar par os riscos de um novo regime autoritário, muitas vezes defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores espalhados pelo país. Nessa quarta-feira (30), o Espírito Santo assistiu a uma polêmica sobre esse tema, com a derrubada de uma proposta apresentada pelo deputado Capitão Assumção (PL) para homenagear a ditadura militar, em sessão especial na Assembleia Legislativa.
A proposição havia sido aprovada no dia 8 de fevereiro pelo voto da maioria dos parlamentares, muitos dos quais se reposicionaram na sessão dessa quarta-feira e cancelaram o evento. Dos 30 parlamentares, além do Capitão Assumção, mantiveram o voto favorável às comemorações da ditadura militar Carlos Von (Avante), Danilo Bahiense (PL), Marcos Mansur (PSDB), Theodorico Ferraço (PP) e Torino Marques (PTB).
Para Fernanda Tardin, "ver um militar chamando para comemorar a "revolução", nome que os ditadores e torturadores dão à ditadura, é escárnio e serve para banalizar a tortura". Ela afirma que acolher iniciativas como essa é concordar, oficialmente, que o Estado, que até hoje não deu satisfação a familiares de desaparecidos, continue negando às famílias o direito de enterrar seus mortos" e lembra que "o Brasil é o único país da América Latina que não julgou e não puniu seus torturadores".
A ex-presa política Laura Coutinho aponta que a proposta na Assembleia Legislativa soa como insanidade típica dos negacionistas. "Eu jamais poderia imaginar que após tantos registros históricos sobre o golpe de 1964, fartamente abordados em livros, filmes, documentários, debates e canções, ainda estaríamos hoje às voltas com esse tipo de iniciativa delirante".
A articulação golpista de 1964 ocorreu entre 31 de março a 9 de abril, com a deposição do presidente João Goulart, conduzida pela elite brasileira com a participação das Forças Armadas e orientação do governo norte-americano. Entre os objetivos, neutralizar a política trabalhista e, em posição de destaque, o projeto governista de reforma agrária e desenvolvimento industrial do Brasil.
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Comentários: 5
DITADURA NUNCA MAIS !
DITADURA NUNCA MAIS !
Ditadura e o que esses politicos fazem hoje em dia com o povo,as familias nao sofriam tanto ,quantos vereadores tem na sua cidade,assesores,deputados outros politicos,ratos,ratazanas e a saude,educaçao,moradia e por ai vai.tive um funcionario a mulher dele falou para o filho seu pai tem uma casa para morar por causa do patrao.depois tive mais 2 funcionarios que se deram bem,vamos pensar na populaçao,ninguem vai levar nada no caixao,parabens ao Seculo Diario por estar dando espaço ao melhor politico capixaba que pensa no povo ,com pouco fez muito Sergio Meneguelli
Se não fosse o governo militar nem sei o que seria do nosso Brasil? Vamos falar das estatais criada pelo governo militar, como a cobiçada Petrobras, vamos falar das infraestrutura como Pontes rodovias aeroportos malha viária entre tanto? Depois do governo militar só corruptos de esquerda, por isso tem medo dos militares, a final qual bandido não tem medo de militar né ?
Que saudades s do governo militar.