Fim da geopolítica favoreceu cenário indefinido na GV
A disputa acirrada na Grande Vitória, com expectativa de segundo turno em três dos quatro maiores colégios eleitorais do Estado, consolidou o novo momento político que vive o Estado, após o fim do governo Paulo Hartung (PMDB). Sem conseguir fechar os acordos de gabinete para limpar o campo em favor de seus aliados, houve a divisão de votos entre as lideranças que colocaram seus nomes na disputa.
No período que antecedeu a homologação das candidaturas, algumas costuras eliminaram nomes dos pleitos, mas a ingerência pesada que tirava os adversários do Palácio Anchieta do campo não se confirmou. O exemplo mais evidente dessa movimentação está em Vitória, onde o próprio Hartung tentou emplacar uma candidatura de consenso em torno de seu nome.
Para isso se utilizou de movimentos do seu aliado no PT, o prefeito João Coser, visando a retirar no partido a candidatura da deputada federal Iriny Lopes. Não conseguiu, já que no lado da oposição, o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e o deputado estadual Luciano Rezende (PPS) não desistiram da eleição.
Em Cariacica, o ex-governador ensaiou alguns movimentos para prejudicar na disputa o seu companheiro de partido, o deputado estadual Marcelo Santos (PMDB). Articulou apoio ao palanque do vice-prefeito Juninho e da candidata do PT, Lúcia Dornellas. Marcelo se manteve à frente do pleito durante todo o processo eleitoral, mas na reta final a disputa embolou e o segundo turno é um campo de terreno arenoso.
No município de Vila Velha, o acordo de gabinete conseguiu derrubar da disputa o deputado estadual Hércules Silveira (PMDB). Isso não garantiu, porém, uma eleição tranquila para o aliado de Hartung, Rodney Miranda (DEM), que ainda briga para garantir a passagem para o segundo turno.
A incerteza no pleito fez com que Hartung se reaproximasse do antigo adversário, o ex-prefeito Max Filho (PSDB) para, em um cenário em que ele passe para o segundo turno, tenha uma alternativa para a disputa contra o prefeito Neucimar Fraga (PR).
Sem a caneta na mão, Hartung teve que buscar no campo político o melhor posicionamento para evitar que o processo eleitoral deste ano favoreça o crescimento político do governador Renato Casagrande, a quem ele terá que enfrentar em 2014, se quiser voltar ao governo.
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