Melhorias na Segurança não reparam 'injustiças do passado', diz deputado
Dois projetos aprovados na manhã desta quarta-feira (18) na Assembleia Legislativa, na área de Segurança Pública, não são suficientes para melhorar a estrutura do setor, segundo parlamentares, que passou por um período de falta de investimentos na gestão Paulo Hartung. O deputado Bruno Lamas (PSB) afirmou que as melhorias não conseguem "reparar as injustiças do passado", que desaguaram na greve geral de 2017, com prejuízos incalculáveis.
Em meio a tensões entre a tropa da PM, que criticou os recentes anúncios de reestruturação feitos por Renato Casagrande (PSB), e o governo estadual, Lamas ressaltou que os problemas encontrados na Segurança Pública foram herdados da gestão passada e afirmou: "O que estamos fazendo aqui hoje pode não ser o ideal", considerou, "mas existem regras".
Também ressaltaram a situação da área os deputados Sergio Majeski (PSB), Delegado Danilo Bahiese (sem partido), Capitão Assumção (Patri), Marcelo Santos (Podemos) e Erick Musso (Republicanos). Apesar de acolher o projeto, Majeski avaliou que a medida não resolve os problemas, citando o déficit que passa de três mil policiais militares e civis, número que não consegue ser reposto pelos concursos.
O fechamento de delegacias, objeto de reivindicações de policiais civis, também foi alvo de críticas, bem como a realização de flagrantes de forma online. Para Bahiense, isso envolve riscos para o profissional e também para o preso. O presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), cobrou que o assunto seja revisto pelo Executivo.
Promoção
Com 27 votos a favor, a assembleia aprovou o Projeto 18/2021, alterando o critério de promoção de praças e oficiais da Polícia Militar. A partir da sanção pelo governador Renato Casagrande (PSB), cai a exigência que obriga cabos da PM a esperarem a abertura de 30 vagas para a graduação de 3º sargento para que seja iniciado um novo processo seletivo para o Curso de Habilitação de Sargento (CHS). Dessa forma, iguala o número de vagas ao que vigora na carreira dos cabos militares dos bombeiros.
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Comentários: 2
Estamos indo para o final de mandato e a retórica é a mesma: "O governo anterior não investiu". Até quando esse governo vai sentar-se em cima do problema e culpar o anterior? A Polícia Civil está com 573 policiais a menos do que foi deixada pelo governo de PH. No concurso atual, embora haja mais de 750 aprovados, o governo convocou para o curso de formação apenas 418. Ou seja, tem ciência do problema, tem aprovados no concurso mas não convoca, porque é mais fácil culpar a gestão anterior. Já dizia o ditado: "Casou com a viúva assuma os filhos".
Uma vergonha não se prioriza a segurança pública nesse Estado. Buscam sobrecarregar a polícia ao invés de recompor o efetivo!!