Sábado, 04 Mai 2024

Movimento órfão

No auge dos movimentos de rua que se espalharam pelo país nos meses de junho e julho, havia um sentimento de que a consolidação desse desejo de mudança acontecesse na disputa eleitoral do próximo ano. Nesse contexto, o nome que mais se aproxima das vozes das ruas é o de Marina Silva.



Embora, as pesquisas realizadas em agosto apontassem um índice tímido de crescimento, o sentimento era de que Marina seria o nome escolhido por boa parte das pessoas que estavam nas ruas pedindo mudança. Mas se ela não conseguir registrar seu partido até 5 de outubro, não vai conseguir colocar a Rede Sustentabilidade no cenário do ano que vem.



Seus apoiadores já começam movimentos para tentar levá-la para outra sigla, como um 'plano B", se a Rede não sair. Pode ser pior. O que Marina tem é o discurso de quem rejeita a política tradicional e propõe um novo modelo partidário e político. Se ela ingressar em uma sigla tradicional, vai contradizer todo esse discurso e colocar seu capital político em risco.



O mesmo vale para as lideranças do Estado que entraram na Rede com esse propósito. Durante a ocupação da Assembleia Legislativa, a única liderança política que conseguiu se aproximar do grupo foi Gustavo de Biase. Com a Rede e ao lado de Marina, ele poderia disputar um cargo proporcional representando essa voz das ruas.



Sem a Rede, seu espaço político fica restrito porque ele é uma liderança que não cabe mais nos partidos tradicionais. O Estado teve uma participação muito forte nessas manifestações, o que mostra que a população aceita um discurso novo e moderno. Essa pauta da rua, porém, precisa ser levada para o campo institucional e isso só se dá através da participação eleitoral.



A Rede corre contra o tempo e no Estado mais ainda. Tem um capital bom na mão com a força que Marina mostrou ter no Estado. Tê-la em seu palanque pode puxar os votos e conseguir determinar o espaço do novo partido no cenário capixaba, trazendo para o campo novas figuras e novas políticas, oxigenando, assim, o desgastado jogo político do Estado. Mas para isso, é preciso um partido.



Fragmentos:



1 – Pelo menos até que fique pronta a EF-118, de Vila Velha até o Rio de Janeiro, o que deve durar cinco anos, a partir de 2014, a antiga estrada férrea Leopoldina, cuja construção teve início no século XIX, vai continuar funcionando. O acordo foi fechado nessa quarta-feira (28), em Cachoeiro de Itapemirim.



2 – Receosa de que a Câmara de Anchieta utilize o velho conhecido corporativismo na hora de apurar as denúncias contra a presidente Dalva da Matta (PDT), a população do município quer acompanhar de perto os desdobramentos do caso.



3 – Cerca de 20 pessoas fazem parte do Grupo de Acompanhamento Legislativo, que foi criado nessa quinta-feira (29). A ideia surgiu depois da tumultuada sessão dessa terça-feira para analisar o pedido de afastamento. Teve gente que sentiu cheiro de pizza no ar.

 

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