Pastores demonizam partido político em debate com candidatos em Vitória
O Partido dos Trabalhadores (PT) foi o alvo principal do debate entre os candidatos a prefeito de Vitória, João Coser e Delegado Pazolini (Republicanos), realizado na tarde desse domingo (22), na sede da Igreja Evangélica Batista de Vitória (IEBV), localizada em uma extensa área margeando o canal de Camburi, em Jardim da Penha. A instituição religiosa é voltada para a candidatura de Pazolini, inclusive com postagens em redes sociais, onde ele é chamado de "nosso futuro prefeito".
O evento foi promovido pelo Conselho Estadual das Igrejas Evangélicas (Ceigev-ES), Fórum Evangélico e Associação de Pastores, com participação de apoiadores de Pazolini, entre eles o vereador reeleito Davi Esmael (PSD). Na abertura do debate, foi anunciado que o Ceigev-ES representa todas as denominações evangélicas do Estado e que envolve cera de 1,6 milhão de pessoas.
Esse número foi contestado por evangélicos de instituições filiadas, por meio de suas igrejas, à Convenção das Assembleias de Deus (Cadeeso), que atua com suas próprias normas. Além disso, eles calculam que o Espírito Santo, com pouco mais de quatro milhões de habitantes e cerca de 33% da população evangélica, teria somente em torno de 1,32 milhão de evangélicos e não o número anunciado, para eles "muito exagerado e fora da realidade".
O debate começou com a apresentação dos candidatos, com o tempo de três minutos para cada um. O Delegado Pazolini apresentou-se como bem preparado para administrar a cidade, ressaltando sua trajetória de jovem auditor do Tribunal de Contas do Espírito Santo, depois delegado da Polícia Civil, onde se sobressaiu na área da infância e da juventude, elegendo-se deputado estadual. Deteve-se mais na política de segurança pública, citando o mote de sua campanha, "paz e tranquilidade".
João Coser, depois de se apresentar como político experiente, com dois mandatos de prefeito em Vitória, ressaltou que o maior desafio para o gestor público é na área da saúde, devido à pandemia da Covid-19, e enfatizou a proteção social aos menos favorecidos.
Na fase das perguntas, o pastor José Ernesto questionou: "João você é do PT e boa parte dos políticos do PT concorda com o aborto, casamento homossexual, educação sexual para crianças, ideologia de gênero. O PT apresentou corrupção, teve prisões. Por que nós votaríamos no PT?". E completou citando o Fórum de São Paulo, que "persegue a igreja e mata cristãos?".
João Coser explicou que alguns desses temas, que estão sendo debatidos na sociedade, foram aprovados no Congresso Nacional, destacando os 20 milhões de empregos e outras realizações dos governos do PT, que é a favor da vida e contra qualquer tipo de discriminação a igrejas.
"Respeitamos a vida, família, a Justiça, a pergunta não corresponde à realidade, me sinto injustiçado", disse João Coser. Ele destacou ainda que o núcleo familiar é tudo na construção da sociedade.
O pastor Deivison, da IEBV, depois de citar o artigo 226 da Constituição Federal, que estabelece homem e mulher como a base da família, perguntou sobre o conceito de família e ideologia de gênero, obtendo como resposta de João Coser: "Esse tema é criado para incentivar o ódio e a fake news", e destacou que o importante é "o que eu posso fazer para ajudar as pessoas", voltando a ressaltar os valores da família e da vida.
Embora concentrado em perguntas sobre esses temas, muito utilizados desde a campanha eleitoral que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, o debate abordou temas como transporte coletivo, segurança pública, educação e saúde.
O Delegado Pazolini prometeu, caso eleito, liberar porte de arma para a guarda municipal e instalar uma escola cívico-militar em tempo integral, no modelo introduzido no país por Bolsonaro. Ele destacou ações realizadas como delegado da área de infância e juventude e disse que pretende unir a cidade.
O debate provocou reações nas redes sociais, por meio de postagens de evangélicos insatisfeitos com o tom tendencioso das perguntas dirigidas a João Coser. Alguns textos chamavam o evento de "arapuca" para o candidato, no mesmo tom das fake news que demonizaram o PT, transformando-o no "mais perigoso inimigo das igrejas".
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Comentários: 30
Geni....vou jogar o que Chico Buarque mandou, em vc. Quanta viagem.
Esses pastores foram completamente parciais. Tentaram prejudicar João Coser. Só não esperavam que João Coser fosse mais inteligente que eles. Parabéns João Coser. Infelizmente essas igrejas estão a favor da mentira e do ódio.
Ola,
Me Chamo Deivisson Brito, fui citado no artigo, faço parte do grupo de pastores da IEBV, e ja Procurei Nas Redes Sociais e Participo de todos os Cultos e Nenhum Pastor da Igreja fez Propaganda a Favor de Nenhum Politico.... QUAIS os Posts em Nossas Redes Sociais FB ou Instagram que tem a gente Falando que Pazoline é o Nosso Prefeito?? A Materia Nao é apenas Tendenciosa MAS TAMBÉM MENTIROSA!
Caso Achem Nas Redes Sociais da Igreja algo que fale que a igreja esta apoiando algum Prefeito e Dizendo "Pazzoline" é o Nosso Prefeito, Eu Desafio Voces a Postarem aqui!!!
Por Favor Tirem esta Mentira da Materia e Façam uma Retratação Publica!
Grato..... e façam um jornalismo transparente e sem mentiras!!
Parabéns Pastor ! Somos totalmente contra as fake news veiculadas !
Aqui nesse site que só valoriza candidatos da esquerda/comunistas/socialista o senhor, pastor, não vai achar transparência nunca.
Exatamente.
Um jornalismo mínimo deve primar por analisar os dois lados.
Sem parcialismos.
Estou Procurando a Materia do Padre Kelder de Jardim da Penha, onde ele ataca 1 dos candidatos a Prefeito e pede Abertamente o Voto para outro, Durante a Missa
Voces nao colocaram esta materia?? eu tenho o video se voces quiserem posso encaminhar
Estou Aguardando A Prova da Denuncia que voces Fizeram contra a IEBV
Interessante esse tipo de debate feito dentro de uma igreja, porém atacando um e defendendo o outro. Nesse caso, enfraquece a democracia e alimenta o ódio.
Evangélicos, bah que porcarias. E a Flordelis?
Edir Macedo, Malafaia, Valdomiro Santiago, chega de máfia. João Coser, é trabalho, é renda, é pão na mesa do trabalhador. Voto 13.