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PSB protocola representações contra bolsonaristas na Câmara e no Senado

Medida assinada por Carlos Siqueira é complementar à ação de Flávio Dino no STF que cita sete parlamentares, incluindo Marcos Do Val

PSB

Depois da queixa-crime movida no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, contra sete parlamentares bolsonaristas, apontando propagação de fake news decorrente de uma visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, seu partido, o PSB, protocolou representações na Câmara dos Deputados e no Senado, em que requer abertura de procedimentos disciplinares e perdas dos mandatos por quebra de decoro.

Os documentos são assinados pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, e atinge o senador capixaba, Marcos do Val (Podemos), além dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e os também deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Paulo Bilynsky (PL-SP), Otoni Junior (MDB-RJ) e Gilberto Silva (PL-PB). Todos eles fizeram publicações nas redes sociais após a visita, ligando Dino ao crime organizado.

As representações têm teor semelhante ao da ação de Dino direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, nessa segunda-feira (20), que aponta “multiplicação organizada e sistemática de um grupo visando propagar fake news de que o ministro se reuniu com traficantes ou chefes de organizações criminosas que estava sem escolta policial, o que é absolutamente mentiroso”.

Segundo informações publicadas no jornal o Globo, o PSB, partido do governador Renato Casagrande, destaca que os parlamentares bolsonaristas “tentaram ferir a honra e imputar o cometimento de crime ao ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública” e que as publicações “estão carregadas de preconceito contra as camadas menos abastadas da sociedade, especialmente as favelas e demais periferias urbanas, que são frequentemente alcançadas pela discriminação e racismo, razões pelas quais há necessidade de apuração da quebra de decoro parlamentar”.

Para a Nacional da legenda, “a imunidade parlamentar não pode ser usada como verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas, ainda mais quando contrárias à ordem constitucional, ao Estado Democrático e aos direitos e garantias fundamentais”.

Dino foi ao Complexo da Maré na semana passada, para o lançamento de um boletim sobre violência e encontro com lideranças comunitárias. Ao contrário das publicações dos parlamentares, ele estava com escolta de pelo menos quatro forças policiais, como atestam checagens divulgadas por veículos nacionais.

O senador Marcos do Val fez live sobre a visita, acusando: “Eu posso dar certeza absoluta para vocês que ele jamais faria isso se não conhecesse a alta cúpula do comando vermelho” e “ele aproveitou e fez lá aquela visitinha para associação”. Depois da divulgação da queixa-crime, insistiu: “Vamos ver se ele chama a cúpula do comando vermelho para ser testemunha dele. Além da notória incompetência como ministro da Justiça, ainda é covarde”, reforçou, apontando a denúncia como “esdrúxula”.

A visita do ministro ao Complexo de Maré também repercutiu na Assembleia Legislativa, em discursos dos deputados bolsonaristas do PL. Um deles, Callegari, “desafiou Dino a andar aqui no Centro de Vitória sem escolta”.


Muito barulho e…nada!

Senador Marcos do Val, o colecionador de confusões, bravatas e processos no STF


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/muito-barulho-e-nada

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