Sábado, 04 Mai 2024

Ricardo Ferraço busca visibilidade mirando o governo em 2014

Ricardo Ferraço busca visibilidade mirando o governo em 2014
Os movimentos do senador Ricardo Ferraço (PMDB) sugerem que estaria mesmo almejando a disputa pelo Palácio Anchieta em 2014. Mas como estamos a mais de um ano da disputa, a leitura dos meios políticos é de que o peemedebista se movimenta mais no sentido de desestabilizar o governador Renato Casagrande (PSB) do que no de se colocar neste momento como pré-candidato. 
 
Mesmo porque o senador até agora não admitiu publicamente que é candidato, mas também não tenta soterrar os recados de emissários de que vai mesmo ser candidato a governador no próximo ano. A movimentação é típica do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), do qual Ferraço faz parte. 
 
Deixando a dúvida sobre sua participação no pleito, o senador movimenta o mercado e testa suas condições. A desestabilização do governador pode ajudar a enfraquecê-lo e limpar o caminho para uma decisão sobre o palanque do grupo em 2014. Isso também adia as decisões das lideranças partidárias, facilitando a negociação às vésperas do pleito. 
 
Quando vem a público dizer que aquela aglomeração de partidos que elegeu Renato Casagrande não cabe mais no cenário atual, Ricardo manda um recado para o governador, de que o acordo não seria para dois mandatos. O que não significa necessariamente que ele será candidato, mas ajuda no processo de desestabilização de Casagrande.
 
A frase comum nos meios políticos é de que como Ricardo Ferraço tem mandato no Senado até 2018, não teria riscos ao disputar o governo no ano que vem. Mas não é bem assim. Seria ruim para Ricardo se, por exemplo, o senador Magno Malta (PR), que também pode disputar o governo, tiver mais votos do que ele na disputa do próximo ano. Até porque os dois estarão disputando suas reeleições em 2018. 
 
O forte de Malta é a popularidade, daí a necessidade de Ricardo Ferraço aumentar sua visibilidade para conseguir atingir mais eleitores capixabas. Em 2010 ele teve condições de se eleger, já que seu grupo estava no governo. Com Casagrande disposto a disputar a reeleição, o senador viveria uma eleição muito diferente da passada. 
 
O método adotado por Ferraço para aumentar sua visibilidade é parecido com o que Renato Casagrande usou em 2010, conseguindo espaço na mídia nacional por conta de suas atividades parlamentares no Senado, o que acabou ecoando no Estado. 
 
Mas no caso de Ferraço, a diferença é que o senador tem usado um caminho complicado para conseguir essa visibilidade. À frente da Comissão de Relações Exteriores ele conseguiu emplacar uma série de situações que lhe renderam manchetes, como o episódio dos corintianos presos na Bolívia, o caso do ex-prestador de serviço de espionagem para os Estados Unidos, Eduard Snowden e agora, a fuga do senador boliviano Roger Molina. 
 
Com uma sequência de episódios aproveitados pelo senador, ele consegue se manter na mídia e com a simpatia de parte da imprensa capixaba pelo grupo de Hartung, o senador pode construir uma imagem forte e popularizada, se o caso do senador boliviano não sofrer algum revés. Mas isso não garante à classe política que Ricardo Ferraço vá mesmo encabeçar um palanque ao governo do Estado em 2014. Dúvida que o grupo deve levar até às vésperas do início do processo eleitoral. 

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