Segunda, 20 Mai 2024

Majeski rebate MPES e aponta 'ações coordenadas com gente da Assembleia'

sergiomajeski_tatibeling_ales Tati Beling/Ales
Tati Beling/Ales
Dois dias depois de saber pela imprensa que havia sido denunciado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) afirmou nesta segunda-feira (11), em discurso na sessão virtual da Assembleia Legislativa, que "o Ministério Público não está acima da lei". O parlamentar rechaçou as acusações de que teria usado os serviços de advogado de um assessor em ações judiciais, acrescentando que há uma perseguição contra ele por parte de pessoas que controlam a instituição, em movimento coordenado com "pessoas de dentro da Assembleia".

Em sua fala, Majeski apontou irregularidades na formação do inquérito pelo MPES e declarou que o então procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, pediu à Assembleia cópia de um processo e denúncia fraudulenta feita à Corregedoria da Assembleia, que já deveria estar arquivada, como manda o Regulamento Interno. "Ninguém sabe como o Ministério Público sabia disso, porque se os processos que correm dentro da Assembleia têm que ser sigilosos, como sabiam desse processo?", questionou.

O deputado diz que a Assembleia enviou ao Ministério Público não apenas o processo, mas também o ponto do seu assessor jurídico, Rafael Junqueira. "Foram enviados mais de 400 páginas. Curioso é que o Ministério Público não está preocupado de que haja comprovação do que fazem os assessores externos, mas os meus assessores, que estão todos os dias lá, quis o ponto".

O deputado ressalta ainda que a Assembleia Legislativa não só mandou fotos, mas também documentos pessoais, da esposa dele e dos filhos menores. "Nessa situação toda, há ações coordenadas do Ministério Público com gente de dentro da Assembleia, o que eu lamento muito", reforçou.

Majeski afirmou que o processo nasceu de uma denúncia antiga, já esclarecida, e apontou para "gente de dentro da Assembleia" que contribuiu para que essa situação se instalasse, deixando de arquivar, no final da legislatura, como manda o regulamento, uma "denúncia fraudulenta, feita por um fugitivo da Justiça".

No ano passado, quando da aprovação do projeto de criação de 307 cargos comissionados de livre nomeação no Ministério Público, a um custo de cerca de R$ 30 milhões aos cofres públicos, o processo contra o parlamentar foi aberto pelo então procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, que rebateu as críticas do parlamentar. A aprovação para criação de novos cargos comissionados no MPES ocorreu no mês de julho, na mesma sessão em que foi aprovada a flexibilização da frequência de servidores da Assembleia.

As críticas do deputado foram direcionadas ao projeto de Eder Pontes, transformado em lei. Majeski levantou suspeição de uma troca de favores com o Legislativo, que, no mesmo dia, aprovou projeto que abre brecha para funcionários fantasmas, problema antes perseguido pelo órgão ministerial.

A aprovação dos projetos ocorreu no dia 17 de julho de 2019, um dia antes do recesso parlamentar. Na ocasião, Sergio Majeski questionou: "É muito estranho que no apagar das luzes venham esses projetos para serem votados em regime de urgência. O Ministério Público, criando mais 307 comissionados, passará a ter mais de 500 cargos comissionados, número superior aos efetivos".

Majeski afirmou que o processo é uma ação que demonstra "má-fé ou incompetência jurídica do autor. Nos causa estranheza que a ação tenha sido repassada à imprensa antes de termos recebido qualquer notificação", aponta, reafirmando não ter utilizado os serviços do seu assessor para assuntos pessoais do cidadão Sergio Majeski e sim do parlamentar. As ações em questão se referem à fake news contra o deputado atribuída ao ex-presidente da Prodest, Renzo Colnago, movida no ano passado, e contra contratações supostamente irregulares pelo governo do Estado de professores por Designação Temporária (DTs), de 2016.

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Comentários: 2

Paulo Filho em Terça, 12 Mai 2020 12:18

O Deputado esta sentindo agora o gostinho amargo do lawfare. Só espero que ele não se esqueça do lawfare que ele apoiou contra o Lula ao elogiar o pilantra do Dallagnol quando o mesmo esteve fazendo palestra paga aqui no estado.

O Deputado esta sentindo agora o gostinho amargo do lawfare. Só espero que ele não se esqueça do lawfare que ele apoiou contra o Lula ao elogiar o pilantra do Dallagnol quando o mesmo esteve fazendo palestra paga aqui no estado.
Paulo Filho em Terça, 12 Mai 2020 12:26

O Deputado esta sentindo agora o gostinho amargo do lawfare. Só espero que ele não se esqueça do lawfare que ele apoiou contra o Lula ao elogiar o pilantra do Dallagnol quando o mesmo esteve fazendo palestra paga aqui no estado.

O Deputado esta sentindo agora o gostinho amargo do lawfare. Só espero que ele não se esqueça do lawfare que ele apoiou contra o Lula ao elogiar o pilantra do Dallagnol quando o mesmo esteve fazendo palestra paga aqui no estado.
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